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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Histórias Cruzadas

Histórias Cruzadas (The Help) - 2011. Escrito e Dirigido por Tate Taylor, baseado no romance de Kathryn Stockett. Direção de Fotografia de Stephen Goldblatt. Música Original de Thomas Newman. Produzido por Michael Barnathan, Chris Columbus e Brunson Green. DreamWorks SKG, Reliance Entertainment. / EUA.


Acredito que Histórias Cruzadas (2011) seja realmente um fortíssimo candidato na temporada de premiações que se aproxima. Ele é ótimo, mas não é tão somente por isso que eu o aponto como um dos favoritos. Ele é o tipo de filme, que nos faz sentir bem e que ao final da exibição nos deixa uma agradável sensação de paz e harmonia. Quem já leu a sinopse, deve estar se perguntando como um filme que fala sobre preconceitos e racismo pode ser agradável ou trazer sensação de paz para alguém? Pode parecer absurdo mas é isto que acontece. A trama do longa está ambientada no sul dos Estados Unidos e se passa durante os anos 60. Historicamente, os sulistas são lembrados de forma negativa por terem defendido e prolongado durante anos o fantasma da escravidão, mas mesmo com o abolicionismo, que aconteceu após o fim da guerra civil americana, resquícios da exploração e da exclusão social do negro permaneceram bem vivos e intocados.

Durante os anos 60, enquanto as manifestação pelos direitos civis aconteciam em outras partes do país, no sul o destino de mulheres negras continuava sendo, quase que exclusivamente, se tornar empregadas domésticas. Nas casas onde trabalhavam elas não tinham o direito, por exemplo, de comer junto com os patrões e nem sequer podiam usar os mesmos banheiros que eles, no entanto eram elas quem sustentavam boa parte da pirâmide social e do status quo vigentes na época, pois eram elas as educadoras das crianças brancas, a quem davam amor e carinho enquanto seus próprios filhos cresciam sozinhos e desamparados. Histórias Cruzadas mergulha na realidade destas mulheres guiado pelo olhar utópico e sonhador da personagem central, Eugenia 'Skeeter' Phelan (Emma Stone), ela é uma aspirante a jornalista e escritora que se dispõe a escrever sobre o cotidiano das empregadas domésticas.


Skeeter consegue um emprego em um jornal local, onde responde a cartas de leitores se passando por outra jornalista. Para ser convincente naquilo que escreve, ela precisa entender mais sobre afazeres domésticos e o cotidiano de uma dona de casa, ela então decide pedir a ajuda de Aibileen (Viola Davis), a emprega de uma de suas amigas. Através dos relatos da mulher, Skeeter compreende que as histórias acerca daquela realidade precisavam ser contadas de uma forma que nunca antes tinha sido feita, com o apoio de uma editora ela dá inicio à empreitada, sem saber dos obstáculos que teria que transpor para realizar o trabalho e do risco que estaria correndo ao fazê-lo. Surge então a primeira dificuldade a ser enfrentada,  sua editora lhe cobra o depoimento de no mínimo 12 mulheres, mas apenas Aibileen se dispõe a falar, mas logo em seguida Minny Jackson (Octavia Spencer) entra em cena, ela é outra empregada doméstica que, convencida por Aibileen e pela jornalista, também  decide se abrir e contar sua história.


Aibillen e Minny têm em comum as marcas impressas pela vida, ambas já sofreram um bocado com os maus tratos de suas patroas e em suas própria casas, Minny é constantemente agredida pelo seu esposo que responde com violência às situações inerentes à sua dura realidade, Aibileen no entanto é mais marcada pelo seu passado, ela tenta superar uma grande perda e usa a resiliência para lidar com sua patroa, ela tem um forte apego pela criança de quem cuida, uma garotinha carente e desprezada pela mãe. Toda a realidade mostrada no filme aparenta estar maquiada pelas convenções sociais, as mulheres brancas vivem de aparências e se amparam no suporte dado pelas negras, ao contrário destas elas não têm autonomia e não têm a mínima condição de sequer criar seus filhos. No fundo percebemos que todas, tanto as brancas quanto as negras, são vítimas do machismo e de outros tipos de preconceitos, que resultam em feridas e na exclusão e na rejeição do diferente. Curiosamente as patroas aparentam estar mais carentes de aceitação e aprovação da sociedade do que suas empregadas.


Percebe-se que todas as outras mulheres brancas direcionam olhares tortos para Skeeter, elas reprovam seu relacionamento com as negras e o fato dela ser financeiramente independente e de ainda não ter se casado, de fato as aspirações que a jovem escritora demonstra ter são bem diferentes daquilo que se tinha como padrão de comportamento social... Mas Skeeter não é a única mulher branca que não se permite ser contaminada pelo preconceito, Celia Foote (Jessica Chastain) é outra que leva uma vida alheia às etiquetas sociais, ela é contestadora, porém de uma forma quase simplória, ela não é bem aceita pelas outras mulheres e não consegue viver plenamente a vida de convenções que a sociedade lhe cobra. O preconceito para ela não faz sentido pois ela também não tem a aceitação que busca, isto faz com que ela se sinta mais a vontade na companhia de uma negra do que junto das outras socialites.


Apontei este filme como um dos favoritos para a temporada de premiações pois ele é justamente o tipo de produção que uma boa parcela da crítica gosta de ovacionar, ele é tecnicamente bem feito, possui ótimas atuações (comento cada aspecto a seguir) e como eu já disse, ele traz uma agradável sensação de harmonia, que agora explico: Percebe-se no filme que os personagens antagonistas são bastante maniqueístas, a impressão que o roteiro nos passa é a de que eles são realmente covardes o que nos provoca repulsa, suas atitudes parecem demasiadamente exageradas em várias sequências e isto tem um motivo: Não permitir que nós espectadores nos identifiquemos com eles, assim, diante deles nossos preconceitos (todos os temos) parecem menores e quase inocentes, sentimos raiva, mas logo a sensação de paz vem junto com o convencimento de que definitivamente não somos como eles. Acredito que o filme será bem aceito mesmo no sul dos Estados Unidos, pois ele, ao mesmo tempo que acerca as contas com um passado recente, ainda nos prova que somos melhores por repudiarmos as atitudes extremas mostradas durante a história.


Além de nos provocar esta sensação de bem estar, o filme ainda tem tudo para agradar os cinéfilos mais exigentes e até mesmo o mais autêntico representante do público médio. Dia desses eu discutia cinema com um amigo e ele disse que “geralmente a crítica espera que o filme seja ao mesmo tempo 'cult' e capaz de cair no gosto popular com facilidade”, se isso é de fato uma verdade, Histórias Cruzadas deixa de ser um dos favoritos e se torna o favorito aos tão cobiçados prêmios. Ele tem tudo na medida certa, os toques de humor, a carga dramática... tudo funciona perfeitamente, tornando-o assim capaz de nos emocionar e nos cativar de uma forma maravilhosa. A fotografia é exuberante, a trilha sonora é ótima e o roteiro linear é muito bem escrito e evoca em nós tanto sentimento nobres, como a compaixão e a solidariedade, quanto o o repúdio e o asco.


As interpretações merecem realmente um destaque à parte, este é outro filme que comprova que no tocante às atuações este é o ano das mulheres no cinema. Comecei assistir ao filme esperando um show particular de Viola Davis, ela realmente dá um verdadeiro espetáculo, assim como a bela Emma Stone, no entanto quem rouba a cena são Octavia Spencer e Jessica Chastain, elas estão simplesmente perfeitas, Octavia nos convence apenas com o seu olhar expressivo que comove e ao mesmo tempo provoca ótimas risadas, Jéssica está sublime, não tem como não se simpatizar pela sua personagem, cuja composição caricata se contrapõe a tudo aquilo que o filme nos induz a repudiar. Histórias Cruzadas não é nem de longe um filme original ou inovador, mas nem por isso ele deixa de ser uma grande obra que merece aplausos de pé... Já estou na torcida para que ele arrecada um boa quantidade de prêmios, principalmente na categoria de atrizes coadjuvantes... Fiquem de olho e não o percam! Ultra recomendado!


Histórias Cruzadas está indicado ao SAG Awards 2012 nas categorias de Melhor Atriz (Viola Davis), Melhor Atriz Coadjuvante (Jessica Chastain e Octavia Spencer), Melhor Elenco. No Globo de Ouro ele está indicado nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Atriz - Drama (Viola Davis), Melhor Atriz Coadjuvante (Jessica Chastain e Octavia Spencer) e Melhor Canção Original.

Assistam ao trailer de Histórias Cruzadas no You Tube, clique AQUI !


22 comentários:

  1. Queridinho, fiquei encantada com a resenha! Estou baixando e, amanhã, assistirei... virei aqui para dizer o que achei!!!

    bjksssss JoicySorciere - Blog Umas e outras...

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  2. Acho difícil levar, pelo menos, o Globo de Ouro. Não é um dos favoritos na corrida, apesar de ser moldado pra premiações. Quem sabe até o Oscar adquira a força necessária... Mas ele vem dividindo muito a crítica, alguns odeiam e outros amam. Já não sei mais o que esperar - e isso é ótimo! Quero ver mesmo pela linda e talentosa Emma Stone, minha "papa nerd" favorita.

    Ah, não concordo de forma alguma com a afirmação sobre críticos. Pegando dois filmes recentes e que dou a mesma nota: O Céu Sobre os Ombros é absolutamente inacessível ao público convencional; Missão Impossivel 4 é feito para o grande público e é ótimo, mas não recebe o status cult. Ambos eu dou 4 estrelas.

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  3. Júlio, eu também não rezo por esta cartilha, quando assisto a um filme e escrevo uma crítica eu não m importo tanto se ele vai ser ou não um sucesso dentre o público médio, o que eu acho importante é compartilhar minhas impressões sobre ele... Mas quando defendeu esta teoria, o meu amigo estava falando da crítica especializada e dos membros votantes das premiações, eles diferente de nós tem suas críticas pautadas por interesses que vão além de suas impressões pessoais...

    Quanto ao filme, eu não acho difícil ele ser um dos grandes vencedores, tanto no SAG, quanto no Globo de Ouro e até mesmo no Oscar... geralmente acontece de outros filmes dividirem a opinião dos críticos e os prêmios acabarem nas mãos de um terceiro... este ao menos tem ao seu favor o fato de que foi feito para render prêmios...

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  4. Pô, coloca algum filme lado B aí! ou trash.

    Sou fã desse tipo de filme. Hahaha.

    Tem um filme, centopeia humana que é doido. Na real a ideia é massa, mas o filme é nota 4.

    Ordinária Loucura é massa também, nota 8.

    Enfim, só uma sugestão.

    Abss e ótimo 2012.

    ----
    Site Oficial: JimCarbonera.com
    Rascunhos: PalavraVadia.blogspot.com

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  5. Fui conferir o filme Histórias Cruzadas, e este filme é tudo que vc nos passou e muito mais, um filme maravilhoso, emocionante, cativante e incentivador, nos faz sim sentir a necessidade e ter coragem para lutarmos por nossos ideais, independente das barreiras que possam estar na nossa frente, e assim fazer a diferença na vida seja na área emocional, profissional ou social.

    Nos faz lembrar o quanto muitos sofreram e lutaram para vivermos numa sociedade mais livre e justa. E como essa luta segue ate os dias de hoje, mesmo no brasil.

    MARAVILHOSO FILME, VOCE COMO SEMPRE TINHA RAZÃO.

    OBRIGADO PELA SUA CRÍTICA E SUJESTÃO SOBRE O FILME BRUNO PALAVRAS MUITO BEM COLOCADAS SOBRE O MESMO.

    Valeu! Abraço a todos

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  6. Nossa rapaz. Me deu muita vontade de ir correndo assistir esse filme. Não tinha lido nada a respeito do mesmo. Mais um excelente post hein J. Bruno . Meus parabéns.
    Um grande abraço.

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  7. Eu e meu defeito de nunca procurar ver filmes atuais a não ser que causem estardalhaços, Seu texto como sempre é ótimo e o filme parece ser interessante...

    Bruno, apareça em meu Blog, seus comentários sempre são muito importantes, Grande abraço e Um Feliz Ano Novo,

    t+

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  8. Seu texto está correto, é o típico filme que a Academia adora premiar.

    Ainda não assisti para ter uma opinião.

    Abraço

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  9. Olha eu aqui de novo... NÃO CONSEGUI BAIXAR O FILME... :( O que estou fazendo de errado!?

    Sobre seu comentário lá no blogue... vc é um fofo e adoro te-lo visitando e comentando no meu blogue! Enriquece muiiiito meu espaço com seus comentários sempre maravilhosos. Vc não tem medo de expressar sua opinião, mesmo que seja contrária(apesar que temos muita coisa em comum)… adoooooro! Te desejo desde já um excelente ano novo e com muitas realizações. Ah, estava lendo um pouco mais do livro a insustentável leveza do ser e lembrei de vc... ahhhhh, NECESSITEI RELER A PRIMEIRA PARTE(a levesa e o ser)... acho que vou acabar decorando aquelas páginas! Que coisa mais lindaaaaa de se ler...

    bjssss JoicySorciere - Blog Umas e outras...

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  10. Joicy, é sempre um prazer visitar o "Umas e Outras"... ah, acho que amanhã eu consiguirei escrever e postar a minha resenha do livro! Decidi vou escrever resenhas separadas mesmo...

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  11. Ps. eu quis dizer *primeira parte(a leveZa e o PESO!)... aff! hahahahahhaahha

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  12. Quem disse que um filme precisa de grandes efeitos especiais para ser bom? Vi o trailer dia desses na tv a cabo e fiquei morrendo de vontade de assistir somente por causa do bacadinho que eu vi.Ainda não consegui baixa-lo, o pc não suporta mais arquivos,vou ter que me livrar de alguns primeiro para dar certo.Gostei muito da resenha,me deu mais vontade ainda de assistir ao filme!

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  13. ATUALIZAÇÃO: "Histórias Cruzadas" ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (Octavia Spencer), prêmio mais que merecido!

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  14. Eu tive outra impressão do filme, não de paz e bem estar, me revoltei do inicio ao fim e muito daquilo que vi no filme vi na realidade em meu bairro, onde morava quando criança, fiquei lembrando que não só os negros sofriam preconceitos, mais os brancos pobres tbm e até hoje o preconceito existe e ainda está forte!! Eu amei este filme, me apaixonei!! Com certeza vou querer assistir o filme novamente!!
    E sua postagem, perfeita, amei ler o jeito que escreve!!
    Bjks
    http://www.artesdosanjos.com.br/

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    1. Pois é Jane, o preconceito infelizmente continua sendo uma triste realidade, mas a verdade é que, ao menos no Brasil, o preconceito mais perceptível já não é mais aquele contra o negro ou contra outras minorias éticas, mas sim aquele contra os pobres, que está tão perceptível na segmentação de clientes em empresas, no atendimentos em lojas e até mesmo na escola e no mercado de trabalho... Tal como o preconceito contra o negro foi no passado, este é visto como algo natural, como uma consequência do atual estágio do capitalismo... triste!

      Quanto ao filme, eu concordo que ele é apaixonante!

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  15. nossa, será que vc vai ver minha opinião aki, JB? já tem tanta gente... Concordo com as sua opiniões sobre o Vidas Cruzadas e agradeço por levar um filme tão lindo para eu assistir. Perdoei o Bastardos Inglórios, mas não torne outra!! KKKKeila

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    1. kkkk
      Keila, eu também já lhe perdoei por aquela sessão, mas saiba que você perdeu a chance de ver um filmaço, com um dos melhores finais dos últimos tempos... Eu já tinha certeza que você ia gostar do "Vidas Cruzadas", ainda levo o "Meia Noite em Paris" para você fazer as pazes com o Woody Allen rsrsrs

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  16. LIDO FILME GOSTO DA CENA QUE MINIE DA UMA TORTA DE COCO
    PARA A PATROA ARROGANTE E ISSO ACONTECE DE VERDADE.
    NOS ANOS 90 EU ERA EMPREGADA E ODIAVA ISSO
    EU ERA HUMILHDA TEMPO TODO.EU DEI MUITAS COISAS PARA AS MINHAS PATROAS RUINS COMEREM E TEVE MAIS COISAS.UM DIA MEU PARAO ME HUMILHOU,ENTAO EU ENCHIR A JARRA DE AGUA DELE ATE A BOCA COM AGUA DO VASSO SANITARIO E ELE BEBEU ATE A ULTIMA GOTA.CONHECIR MUITAS EMPREGADAS NA EPOCA QUE QUE FAZIA COISAS MAIS GRAVES AINDA E UMA COLEGA LAVAVA AS CALCINHAS DA PATROA E FILHAS ADOLESCENTES JUNTO COM OS TAPETES, PANO DE CHAO, PANOS DO CACHORRO TUDO JUNTO NA MAQUINA.UMA OUTRA COLEGA POS COCO FEZES NA FEIJOADA DO DIA DAS MAES DA PATROA 16 PESSAOS COMERAM E ESSE FOI O UNICO DIA QUE TODOS ELOGIARAM A COMIDA DELA, ELES ERAM ANTIPATICOS SO RECLAMAVAM O TEMPO TODO E PAGAVAM MAL.UMA OUTRA AMIGA POS CATARRO NA SOPA DA PATROA QUE A HUMILHAVA E A TRATAVA COMO UMA DEMENTE.HOJE EU POSSO TER UMA EMPREGADA E SEI QUE DEVO TRATA-LA COM RESPEITO.NESTE MUNDO EU APRENDIR QUE SE VOCE TRATA BEM TERAR UMA FIEL AMIGA PELO CONTRARIO SO DEUS SABE O QUE PODEREI COMER E SEM FALAR NAS ROUPAS E CAMA.NAO ADIANTA TER FILMADORA POIS NESSAS CASAS ALGUMAS JA TINHA.NA BAHIA TEM ATE HOJE PATROAS ESTUPIDAS QUE ACHAM QUE O MUNDO E SO DELAS E AS EMPREGADAS SAO SUAS ESCRAVAS.NO BRASIL EM GERAL AINDA EXISTEM MUITAS SENZALAS.E TEM UM MONTE DE PATRICINHAS INUTEIS QUE NAO SAO CAPAZES DE LAVAREM SUAS CALCINHAS EMPORCALHADAS SABE LA DE QUE.EM BRASILIA EU TIVE MELHORES PATROES LA ELAS TRATAM MELHOR
    E DA CHANCE PARA ESTUDAR NO NORDESTE A COISA AINDA E DIFERENTE TEM UMAS QUE PENSAM QUE DOMESTICA NAO TEM DIREITO DE SONHAR.GRAÇAS A DEUS HOJE EU NAO SOU MAIS UMA EMPREGADA E POSSO TER UMA E TAMBEM POSSO TRATAR MELHOR PORQUE EU SEI O QUE SE PASSA NA MENTE DE UMA EMPREGADA HUMILHADA.PARA AS PATROAS BOAS E HONESTA PARABENS E PARA AS CRUEIS, VOCE SABE O QUE VOCE COMEU MOTEM.E FEIO MULHER ELEGANTE DONDOCA COMER PORCARIA.

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    1. Obrigado por ter compartilhado conosco este depoimento tão forte e sincero!

      Seja sempre bem vinda!

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  17. Eu amei o que você escreveu! Que bom saber que o livro, que é fantástico, deu origem a um filme tão belo e tocante!!! Essa última foto, que mostra a Mae Mobley, transmite tão bem minha imagem dela. Vou ter que ter vários lencinhos à disposição quando for assistir ao filme! hehe

    Ju
    entrepalcoselivros.blogspot.com.br

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    1. Tenho curiosidade de ler o livro, acho que a narrativa literária deve ser ainda mais impactante do que no filme...

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