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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sangue Negro

Sangue Negro (There Will be Blood) - 2007. Escrito e Dirigido por Paul Thomas Anderson, baseado na obra literária de Upton Sinclair. Direção de Fotografia de Robert Elswit. Trilha Sonora Original de Jonny Greenwood. Produzido por Paul Thomas Anderson, Daniel Lupi e JoAnne Sellar. Paramount Vantage, Miramax Films e Ghoulardi Film Company / EUA.


No livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo o economista e jurista alemão Max Weber, tido como um dos fundadores da sociologia, vincula o surgimento do modelo capitalista à doutrina pregada por João Calvino, teólogo cristão que apontou o enriquecimento como uma evidência da graça divina. O lucro, que durante muito tempo trouxera consigo o estigma do pecado, passaria a ser visto, após a reforma protestante, com bons olhos por diversas correntes que acreditavam na doutrina da predestinação, segundo a qual, a prosperidade era a mais notável evidência de que um homem nascera previamente destinado à salvação eterna... Em determinada passagem do livro, Weber ressalta que: "o homem é dominado pela geração de dinheiro, pela aquisição como propósito final da vida", para ele tal situação "expressa um tipo de sentimento que está intimamente ligado a certas ideias religiosas"... Ao rever Sangue Negro (2009) no último final de semana, pensei que seria interessante analisá-lo à luz de tal filosofia...   

A história dos Estados Unidos está diretamente ligada à esta teoria, pode-se dizer que a 'ética protestante' e o 'espírito do capitalismo' são dois dos alicerces mais importantes da formação daquele país. Da abstração filosófica proposta por Max Weber pode-se extrair dois arquétipos, o do homem de negócios sem escrúpulos e o do religioso dogmático. No épico Sangue Negro, o diretor e roteirista Paul Thomas Anderson cria uma situação conflituosa e insere nela um representante de cada um destes arquétipos; o primeiro, o capitalista, ganha expressão na figura do produtor de petróleo Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis), o segundo através do jovem pastor Eli Sunday (Paul Dano). Ambos representam de igual forma a distorção da moral constituída e das virtudes que deveriam resultar do comportamento ético de cada indivíduo; numa perspectiva mais ampla eles representariam o próprio Estados Unidos e a degradação da  consciência coletiva de seu povo, degradação esta que imputaria ao país um alto preço.


A primeira sequência de Sangue Negro mostra Daniel Plainview escavando sozinho um poço de petróleo (estamos em 1898), ele sofre um acidente durante a perfuração e com muito esforço consegue se safar da situação em se metera - esta sequência é de estrema importância para o filme. A segunda passagem, que acontece alguns anos depois, já mostra Plainview trabalhando com alguns empregados na perfuração de um outro poço (estamos em 1902), é notável que ele alcançou um relativo sucesso profissional nos anos que se passaram desde o evento mostrado nas primeiras cenas, além de ter diversos homens debaixo de sua autoridade, ele agora já tem uma estrutura mais avançada para extrair o petróleo. Nesta segunda sequência um novo acidente acontece e um homem acaba morrendo, Daniel então assume a responsabilidade pela criação do filho ainda bebê que o infeliz deixou... 

Mais um avanço no tempo (estamos agora em 1911) e desta vez vemos Plainview em uma conferência com donos de terras, ele está lhes oferecendo uma parceria, um comodato para a extração de petróleo em suas propriedades. Neste ponto da história Daniel já tem uma grande companhia de perfuração e seu poder já está consolidado, no entanto ele quer mais... Ele, que é dono de uma excelente oratória, passa a usar o filho adotivo, H. W. (Dillon Freasier), para facilitar suas transações negociais, a presença do garoto nos momentos em que ele fecha seus contratos reforça a imagem de 'empresa familiar', que ele usa para dar credibilidade à sua companhia...


O conflito dramático que sustenta o filme surge no momento em que um jovem vindo de outro estado, Paul Sunday (também vivido por Paul Dano), procura Daniel para lhe recomendar a compra de uma propriedade rural, que pertence à sua família. Estas terras estariam, segundo ele, em uma região onde o petróleo é tão abundante que brota naturalmente do chão. Mesmo desconfiado, Daniel paga uma grande quantia em dinheiro para Paul, como recompensa pela informação privilegiada que este lhe dera. 

Plainview parte junto com H. W. em uma expedição para conhecer a região onde a propriedade estava localizada, chegando lá ele se passa por um caçador de codornas para ganhar a confiança da família do rapaz e assim poder comprar as terras por um preço bem abaixo do que elas de fato valeriam. Mais uma vez a presença do menino dá credibilidade ao discurso que ele faz, o patriarca da família Sunday acada caindo fácil em sua lábia. No entanto, Eli Sunday, irmão gêmeo de Paul, não é tão ingênuo quanto o restante de sua casa, ele intervém na negociação que o pai estava fazendo e consegue fechar a venda por um valor bem mais alto do que aquele que fora inicialmente proposto. 


Ao comprovar suas expectativas em relação à abundância de petróleo na região, Daniel decide comprar também as propriedades da vizinhança, é então que seus interesses começam a entram em conflito com os de Eli Sunday... Eli, apesar de jovem, é um respeitado líder religioso, através de seus sermões ele exerce uma grande influência sobre a população local, todavia, com a chegada de Plainview, ele percebe que o controle que detém sobre aquelas pessoas simplórias pode estar com os dias contados. O que se dá a partir de então é um verdadeiro embate para ver quem é capaz de exercer maior influência e de deter o maior poder. Para ambos o enriquecimento se torna a principal meta a ser alcançada e para consegui-lo eles passarão por cima  de tudo, inclusive de seus próprios princípios e de suas próprias dignidades.


Apesar de serem personagens antagônicos, Eli e Daniel não são tão diferentes entre si, eles são regidos por um mesmo código moral e por uma mesma determinação. A sede de poder, que ambos detêm, os conduzirão no decorrer do filme à situações nas quais eles se verão diante de contundentes dilemas morais e éticos. Como eu já havia dito, estes dois personagens representam arquétipos que podem ser facilmente associados à formação dos Estados Unidos como nação, a teoria weberiana, que associa o capitalismo à doutrina protestante da predestinação, aproxima ainda mais o comportamento social dos dois. À luz de tal pensamento, compreendemos que os comportamentos de Eli e de Daniel podem constituir um fato social resultante dos princípios que norteiam a sociedade na qual eles estão inseridos.


Paul Thomas Anderson incluiu a primeira sequência no filme para nos mostrar que Daniel  Plainview é um típico self made man, ele começou do nada e construiu seu império sozinho, sua condição de 'vencedor' o torna uma pessoa agraciada segundo a ótica da doutrina de João Calvino e admirável de acordo com o 'espírito capitalista'. Max Weber, recorrendo às ideias do escritor puritano Richard Baxter, escreve : "De fato, se Deus, cujas mãos os puritanos viam em todas as ocorrências da vida, aponta para um de Seus eleitos uma oportunidade de lucro, este deve segui-la com um propósito, de modo que um cristão de fé deve atender a tal chamado tirando proveito da oportunidade". De acordo com este pensamento, Daniel seria um exemplo vivo de cristandade e sua prosperidade comprovaria que ele é um dos predestinados à salvação.  Irônico não?


Eli Sunday, por sua vez, é tão capitalista e ambicioso quanto o explorador de petróleo, a fantasia de espiritualidade que ele veste esconde sua verdadeira pretensão, o acúmulo de bens materiais. Em determinada passagem ele tenta extorquir dinheiro de Daniel para reformas em sua igreja, à primeira vista esta parece ser uma boa intenção, mas ela não é, o que o jovem pastor quer realmente é dinheiro e poder; ele espera que ao fortalecer sua igreja, como instituição, ele também será forte. Na história o comportamento dele é tido como um exemplo de retidão e não é por acaso que ele consegue exercer um influência tão forte na população local, suas atitudes são condizentes com a doutrina que aponta a prosperidade como evidência da graça divina. Eli é portanto um capitalista nato, ele é dominado pelo dinheiro e suas atitudes são guiadas pela sua ambição. 


As personalidades de Daniel e de Eli acabam se confundindo quando observadas a partir desta ótica e é nesta simples constatação que está uma das sacadas geniais do roteiro do filme. Tomando-se como base os princípios morais, pelos quais os dois personagens são guiados, nenhum deles pode ser considerado um vilão, apesar de suas atitudes serem potencialmente reprováveis. A complexidade do comportamento de ambos nos instiga à reflexão, reflexão esta que me levou à questão dos arquétipos que mencionei no início desta resenha, se o explorador de petróleo e o pastor são representes de aspectos da formação cultural dos Estados Unidos, há portanto no filme uma contundente crítica ao american way of life, o que fica evidente na progressiva decadência moral e ética que os personagens experimentam. Não é a toa que o desfecho do filme acontece durante um período da história americana que ficaria marcado pela queda da bolsa de Nova Iorque... Concluo portanto que o filme é uma contundente crítica aos Estados Unidos e à moral que os guia como nação desde que se tornaram independentes.


A grandiosidade artística de Sangue Negro, no entanto, não se deve apenas à complexidade de seu roteiro e às diversas reflexões e interpretações que ele evoca, ela se deve também a cada um dos aspectos técnicos, que o compõem em sua totalidade de uma forma tão impecável. A trilha sonora original, composta pelo Jonny Greenwood (guitarrista do Radiohead), é soberba, ela pontua cada momento de tensão do filme e ainda acentua em diversos momentos a confusão psicológica e os conflitos do personagem central. 

A fotografia é simplesmente um deleite para os olhos, ainda que fosse apenas uma sequência aleatória de imagens o filme mereceria ser visto, tamanha beleza de cada um de seus enquadramentos (que nos remetem à estética dos westerns clássicos) e o mais interessante e importante é que a fotografia não é tão somente um embelezamento, ela funciona perfeitamente como um dos principais elementos da narrativa. A reconstrução de época que Sangue Negro faz também é perfeita, com destaque para os figurinos, cenários e para a excelente direção de arte.


Todo o elenco do filme está muito bem, o jovem Paul Dano está ótimo em seu personagem, no entanto o maior destaque, não só dentre as atuações, mas de de todo o filme, é o desempenho de Daniel Day-Lewis, ele está formidável, transbordando verdade em cada gesto, olhar e palavra, chega a ser assustador contemplá-lo em um de seus rompantes de raiva e violência, definitivamente ele não é um ator, é um monstro! Sem medo de estar exagerando, afirmo que Sangue Negro está à altura de alguns dos maiores clássicos da história da sétima arte e é sem dúvidas um dos filmes mais bem realizados de nosso tempo,  obrigatório para qualquer um que se disser cinéfilo. Ultra recomendado!


Sangue Negro ganhou o Oscar nas categorias de Melhor Ator (Daniel Day-Lewis) e Melhor Fotografia, tendo sido indicado também aos prêmios de Melhor Filme, Diretor, Direção de Arte, Roteiro Adaptado, Montagem e Edição de Som. No Globo de Ouro ele venceu na categoria de Melhor Ator em um Filme de Drama (Daniel Day-Lewis), além recebido uma indicação na de Melhor Filme de Drama.

Assistam ao trailer de Sangue Negro no You Tube, clique AQUI !

A revelação das passagens aqui comentadas não compromete a apreciação da obra,

65 comentários:

  1. Quero muito ver esse filme, principalmente para conferir a estupenda atuação do Daniel Day Lewis.

    http://monteolimpoblog.blogspot.com.br/2012/08/os-viloes-de-batman.html

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  2. Brunão... Puxa vida! Que resenha essa sua! Digna de um oscar! Cara vc esmiuçou o filme e deu um montão de informações extras. Parabens meu amigo. Um dia vou ser igual a você! Hahahahahahahahhahaha.

    Quanto ao filme, não sei não, eu sou meio chato com filmes de temáticas assim, mas pelo que lí aqui acho que vou arriscar! Hahahahahahahahahha.

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  3. Extremamente interessante sua análise do filme do ponto de vista filosófico. Sangue Negro é uma verdadeira obra-prima, e consolida PTA como o melhor diretor de sua geração. E que venha The Master!

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  4. Sem querer ser radical, mas as palavras "Ética" e "Protestante" não parecem uma boa combinação para mim, tendo convivido um tempo em diversas denominações e ainda tendo que ouvir relatos absurdos mesmo tendo caído fora.
    Sua resenha foi bem detalhista, como de costume e parabenizá-lo por isto já se tornaria batido, contudo, dá para ter uma base de como é o filme e você consegue fazer com que as pessoas acabem por se interessar em assisti-lo. Eu gosto da atuação de Daniel Day-Lewis. Mesmo não estando no topo da lista dos filmes que pretendo assistir, talvez arrisque este.

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    1. Olá Christian, seja bem vindo!
      É preciso primeira atentar para o real significado do termo 'ética', que seria á grosso modo a reflexão que fazemos acerca do é certo e do que é errado, por ser uma reflexão individual a ética varia de uma pessoa para outra, aquilo que não é certo para mim pode ser para você e vice-versa. Instituições religiosas têm o poder de, através de seus dogmas, imputar nos fiéis uma abstração de certo e errado que difere daquela que a sociedade como um todo tem, em alguns aspectos isso é até positivo, mas em outros não... O que não se pode fazer é generalizar, dizer que todas as denominações cometem os mesmos absurdos...

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  5. Nossa , adorei conhecer essa obra, bem intensa e você detalhou muito bem.

    Beijão, Sabrina. (www.spiderwebs.com.br) ♥

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    1. Obrigado Sabrina, o filme permite diversas outras interpretações, é sem dúvidas uma obra prima que merece ser vista!

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  6. Esse, na minha opinião, é um dos grandes filmes americanos das últimas décadas. E como toda grande arte, permite várias interpretações. Gostei da sua. Parabéns, belo texto.

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  7. Gostei do que vi por aqui Bruno, parece ser bem interessante esse filme!

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  8. Uma enorme obra-prima de um diretor que só conseguiu fazer coisa boa na vida: Magnólia, Boogie Nights e, o milagre, pôs Adam Sandler para atuar :)

    Mas este Sangue Negro é o seu melhor.

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    1. Ainda acho que ele e "Magnólia" estão no mesmo patamar de excelência!

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  9. Filme interessante ein?
    Adorei a temática.
    Fotografia fez lembrar o filme Pão Preto(Pa Negre)
    Grande Dica!
    bjs
    divulgado na página da Cinéfilos ;)

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  10. Oii amigo, fico impressionada como vc entende dos filmes, sua narrativa sobre os personagens e a história são sempre ricas em conteúdo, sob o seu olhar a gente imagina bem o filme! Parabéns, ainda não conhecia, fica a dica! Abraçoooossss

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  11. "Sangue Negro" é o novo "Cidadão Kane"!!! Obra-prima! A melhor atuação da carreira de Daniel Day-Lewis! Parabéns pelo seu texto baseado nas teorias de Weber! Brilhante! Abraço.

    http://www.leituradecinema.com.br/

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  12. Maravilhosa resenha, uma verdadeira aula de história e filosofia aplicada ao cinema.

    Como tem filme que a gente precisa ver!

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  13. Sangue Negro é um filme denso, com um roteiro que poderia se tornar um desastre na mão de outro diretor. Daniel Day Lewis dispensa comentários. Que atuação!

    Visite também: http://peliculacriativa.blogspot.com/

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    1. cada um dos envolvidos no filme, tanto artistas, quanto técnicos, desempenharam um papel formidável, que transformou o longa na obra prima que ele é.

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  14. Eu também acredito que Sangue Negro é um retrato dos EUA. Dinheiro e religião formando uma nação. E se a gente for tomar o roteiro ao pé da letra, parece que no final o dinheiro acabou com a religião. Eli perdeu a serventia para Daniel. O capitalismo já é auto-suficiente.
    Enfim, é só minha interpretação.

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    1. É uma interpretação realmente pertinente, mas concordo só em partes, porque o filme também mostra a decadência do capitalismo, de uma forma até mais pungente do que a da religião. Todavia vale lembrar o quanto é difícil desassociar um do outro no filme...

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  15. Acredito muito nessa questão também do peso do capitalismo sobre o teor da religião - o dinheiro acaba com a religião de forma brutal. Parabéns pela análise bem precisa e muito, muito, consciente. Acho que, de longe, é seu melhor texto daqui, talvez eu ache isso porque, de fato, "Sangue Negro" seja meu filme número 1. A atuação de Day-Lewis é algo assombrosa mesmo, parece sobrenatural...

    abraço!

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    1. Valeu Cristiano, você que é um baita fã do filme ter gostado do texto já é para mim uma satisfação! Abraços

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  16. Bruninho, tudo bem?
    Primeiro quero te agradecer pelo comentário por lá, sempre enriquecedor.

    Por incrível que pareça, li esse livro do Max Weber, mas não assisti ao filme.
    Interessantíssimo você cruzar o livro com o filme, e os arquétipos sociais que se geram dessa relação: religião, capitalismo e sociedade norte-americana. Também o fato dos dois personagens antagonistas, no entanto, que lidam com seu agir e pensar de forma semelhante e movidos por essa mesma obstinação que muito se vê no capitalismo. E o título, 'sangue negro' se encaixa bem nessa ótica, me parece, ainda que expandindo sua própria metáfora (a do petróleo).
    Filme a assistir, com certeza!
    Beijos e ótimos dias!

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    1. Cissa, as metáforas que o filme cria são riquíssimas, ele é repleto de simbolismos, o que não é novidade na filmografia do Paul Thomas Anderson. Estes simbolismos estão presentes até mesmo na arte do cartaz que ilustra este post, que mereceria por si só uma análise semiológica!

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  17. Como estudante de história e estudando a engrenagem do capitalismo me encantei com esse filme e com seu texto.

    Grande filme, imperdível eu diria.
    Rapaz seu texto foi espetacular.

    abs

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  18. Olá meu querido Bruno!!

    Hoje não venho para comentar as suas maravilhosas resenhas, mas por dois motivos. Um deles, agradecer sua visita e comentários lá na Blogagem Coletiva, sobre Vegetarianismo e Veganismo.
    Como eu escrevi logo no início da postagem, agradecendo ao Christian "a qual me fez ir em busca de pesquisas sobre um assunto da qual, eu confesso, desconhecia um bom tantão, por não cogitar muito sobre o assunto..", pois bem, respondi lá no meu blog, à sua discordância, que considero excelente, pois, sendo vegetariano, estás muito melhor informado que eu, que me baseei em algumas poucas pesquisas, pra poder embasar o meu texto. E, isso agora me deixa mais apreensiva quanto a isso, pois, não domino todos os assuntos, e se sites referentes, não estiver com a verdade, corro o risco de postar enganos e equívocos.
    Eis as fontes onde fui buscar os dados que mencionei no texto.:

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    LEONARD, W.R. Alimentos e evolução. Scientific American Brasil, n.8, p.74-83, 2003.

    MADOV, N. Muita verdura, pouca vitamina. Pesquisas acadêmicas alertam sobre os riscos da dieta vegetariana para a saúde das crianças. Revista Veja, ed.1.764, 14 de agosto de 2002.

    PARDI, M.C.; SANTOS, I.F.; SOUZA, E.R.; PARDI, H.S. Ciência, higiene e tecnologia da carne. Vol. I. Goiânia: Eduff, 1995.


    Alguns sites consultados sobre a dieta vegana:

    http://www.guiavegano.com/nutricao/b12/suplementos/index.htm

    http://www.cahiers-antispecistes.org/spip.php?article325

    http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index.php?option=com_content&task=view&id=310&Itemid=32

    E sobre o uso de produtos à base de gado, muito usado no mercado :
    http://bioplanetauniverso.blogspot.com.br/2011/07/produtos-base-do-gado.html

    Desde já agradeço a sua compreensão com a Lu...

    BJossssssss

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    1. Olá, é sempre um prazer receber sua visita!
      Penso que seu erro foi ter generalizado em alguns pontos, dentre eles os que destaquei, certamente que por ser um tema ainda polêmico, acharemos embasamentos teóricos para ambos os lados, contudo há que se ter um cuidado maior com aquilo que lemos, principalmente no que tange à questões científicas, que ainda são especulações, ou no máximo teorias e não verdades já consolidadas... Mantenho minha discordância em relação aos pontos que destaquei no seu texto!

      Beijos!

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  19. Ahhh, depois virei com calma comentar a sua postagem, pois estou na maratona de visitas à Blogagem Coletiva, e agradecimentos às visitas!

    BJoss

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  20. Interessante ponto-de-vista, Bruno. Os estudos de Weber caem mesmo como uma luva para qualquer análise que se faça sobre Sangue Negro. Curioso notar ainda como os dois personagens sentem imenso prazer ao demonstrarem um ao outro como são capazes de se sobrepor, de crescer, de adquirirem poder (sendo exemplo disso a cena do milk shake). Também acredito ser impossível afirmar que temos algum vilão na história, até porque essa é uma definição extremamente antiquada para uma obra que sequer tem o mínimo de chances de ser assim denominada.

    Abraços!

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  21. Eu desconhecia a existência desse filme,mas confesso que gostei de sua temática,parece ser um filme bem arquitetado.O post ficou excelente e bem elucidado...Parabéns!
    Abraço!

    Bruno
    http://oexploradorcultural.blogspot.com

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  22. Olá Bruno, adorei a dica!

    Desde criança que gosto de ver westerns, embora durante alguns anos tenha deixado de vê-los.

    Fiquei com vontade de ver Sangue Negro. Daniel Day Lewis é um actor que gosto.

    Parabéns pela excelente crítica.

    Quanto ao teu comentário no meu post do Vegetarianismo e Veganismo, que pertence ao blog Escritos Lisérgicos só tenho a dar-te os meus Parabéns pelo elevado nível de consciência que tens.

    Obrigada pelo comentário e visita. Se quiseres ainda podes participar desta BC, para tal basta levar o selo que se encontra na minha, ou na página do autor e depois de publicares ires ao blog do autor e adicionares o link do post. Aqui fica o link do blog Escritos Lisérgicos, do escritor Christian V. Louis em http://escritoslisergicos.blogspot.com.br

    Um beijo,

    Cris Henriques

    http://oqueomeucoracaodiz.blogspot.com

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    1. Seja bem vinda Cris! Fico feliz que tenha gostado do texto!

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  23. Suas resenhas são impecáveis. Você aborda, com propriedade, todos os aspectos envolvidos , tanto em conteúdo quanto em interpretação dos fatos, frente à história. Já vi e pude aplaudir o filme. Parabéns por sua capacidade de análise. Bjs.

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  24. Bruno,

    Tudo bem? Já vi esse filme e estou viajando, mas venho com calma colocar as minhas impressões.

    Boa semana!

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  25. Olá!Boa noite!
    Tudo bem, por aqui?

    Bruno!
    ...sinceramente, só me lembro de uma cena, aquela em que a câmera pega o rosto de Daniel no mar depois de pressentir a mentira do irmão...e "interpretar" Sangue Negro como uma confluência histórica das duas forças formadoras dos EUA, a religião e o petróleo,e o homem que se deixa corromper , são algumas das muitas possibilidades que podemos abrir...
    Boa análise/resenha!
    Boa semana!
    Obrigado!
    Abraços

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  26. É um belo filme, tecnicamente perfeito, com um ótimo roteiro focando principalmente na ganância e ambição dos personagens principais.

    Daniel Day Lewis é sempre um show e Paul Dano se mostra um ótimo contraponto.

    Abraço

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  27. Um texto preciso mesmo. Parabéns pela analise. Gosto muito de Sangue Negro, mas sabe q meu preferido de PTA ainda é Boogie Nights? Day Lewis tem uma atuação monstruosa, mas diria q Dano tb surpreende. A cena final entre eles é das mais marcantes do cinema contemporaneo. Sangue Negro me lembra muito Tesouro de Sierra Madre, se não viu, veja q é um filmaço tb. Voltei com o Blog, apareça para uma visita. Abração!

    http://espectadorvoraz.blogspot.com.br/

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    1. Bom saber que as postagens no "Expectador Voraz" continuam Celo!

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  28. Venho aqui e me sinto frustada, adoro assistir filmes, mais a falta de tempo não me permite assistir a todos que eu queroooo... eu fui muito com a cara do filme, muito mesmo, vai pra minha lista imensaaaa... quem sabe nas férias não coloco essa fila pra andar e minha net anda uma bagaça pra baixar filme, preciso ligar para a TIM e resolver este assunto... =/

    Valeu pelo comentário, não imaginava que era vegetariano, muito legal saber disso, eu tô engatinhando, não é facil, mais percebi que não é impossivel e assim logo estarei fora da zona carnivora e dentro da zona vegetariana, pelos animais e por minha saude, já que sinto que a carne pesa demais pra mim.
    Vou procurar o documentário que vc me recomendou, vou procurar mesmo, eu estou na fase como vc descreveu, eu olho pra carne e sinto nojo... é uma coisa de loucoooo... Beijoooos

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    1. Eu também tenho assistido bem menos filmes do que eu gostaria, alguns dos DVDs que comprei no ano passado ainda estão na minha fila de espera, que tem se tornado cada vez mais lenta devido à falta de tempo...

      Torço muito para que você mantenha o vegetarianismo, não como uma simples dieta, mas como um princípio... Beijos!

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  29. olá,
    inicialmente obrigada pela visita ao meu blog, retribuo dizendo que valeu demais, principalmente pela oportunidade de eu poder conhecer seu espaço, bastante interessante. a resenha do filme ficou muito bem feita e despertou minha curiosidade para assisti-lo... vou dar mais uma navegada pois percebo que há muita coisa boa par se ver aqui ;)

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    1. Seja bem vindo MoiselleMad, fico feliz que a resenha tenha despertado sua curiosidade sobre o filme, ele é realmente ótimo, tendo alguma oportunidade, não deixe de assisti-lo!

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  30. Análise fantástica que você faz aqui Bruno!
    Curioso pelo livro e acho que vou encomendá-lo.

    Este filme é insuperável dentro da obra de P.T Anderson, bom talvez "The Master" supere alguma coisa, mas "Haverá Sangue" é certamente uma obra-prima e ainda mais valorizada pela gigante interpretação do Daniel. O final dele é uma das coisas mais chocantes que já apreciei no cinema. Sanguinolenta e das mais cruéis dos últimos tempos. Tarantino estava certo quando disse que violência é uma das coisas mais divertidas de se assistir (ele mesmo paga um pau pelos filmes do amigo PTA.

    Abraço.

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    1. O desfecho de "Sangue Negro" é antológico, eu gostaria muito de poder ter comentado ele aqui, não o fiz porquê seria um spoiler...

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  31. Olá, José Bruno.
    Ainda não vi este excelente filme, que me parece ser um clássico da atualidade.
    Abraço.

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  32. Mais que pontual sua crítica!
    A análise das personagens de Paul e Daniel foi perfeita... O antagonismo superficial sustenta o filme pára os mais desatentos, mas, é nas semelhanças que a película ganha forma e engrandece!


    Ahh... Estou reativando o meu blog...
    Agora só com cinema=> Nascida em Versos

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    1. Já estava com saudades do Nascida em Versos Karla, passarei lá para conferir!

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  33. Ótima resenha e explicação sobre o filme. Exatamente isso que percebi assistindo-o. Dois personagens tipificando os dois principais modelos norte americanos: crença X capitalismo, que no final somos levados a perceber que são movidos pelo mesmo desejo de poder e ganância pelo dinheiro.

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