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sábado, 1 de outubro de 2011

Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas

Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean - On Stranger Tides) - 2011. Dirigido por Rob Marshall. Escrito por Ted Elliott e Terry Rossio, inspirado em um romance de Tim Powers. Direção de Fotografia de Dariusz Wolski. Música Original de Hans Zimmer. Produzido por Jerry Bruckheimer. Walt Disney Pictures e Jerry Bruckheimer Films / EUA.

 

Se a proposta de Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas (2011) era realmente de voltar à simplicidade dos dois primeiros filmes da série, tenho que reconhecer que ele conseguiu, mas isso não foi o suficiente para coloca-lo á altura de seus antecessores. A Maldição do pérola Negra (2003) e O Baú da Morte (2006), apesar de não serem filmes impecáveis, traziamm consigo o gostinho da novidade aliado ao carisma de Johnny Depp e de seu personagem, que o ajudaram conquistar um estrondoso sucesso de público. Já no terceiro filme da franquia, No Fim do Mundo (2007), a coisa desandou e a trama ficou obscura e complexa demais para o público médio. A fórmula simples que mesclava aventura, um roteiro sem complicativos, efeitos especiais e uma boa dose de humor, que até então tinha funcionado maravilhosamente, fora inexplicavelmente abandonada. O erro de agora foi acreditar que voltar a esta fórmula seria uma garantia de sucesso, o resultado foi um filme simplificado demais e cheio de piadas que nem sempre funcionam como o esperado.

Depois de escapar da morte e do dos domínios de Davd Jones (Bill Nighy) em Piratas do Caribe – No Fim do Mundo, o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) está mais uma vez sem navio e sem tripulação. Ele chega a Londres para tentar resgatar Joshamee Gibbs (Kevin McNally), seu primeiro oficial, que está preso e corre o risco de ser enforcado. Jack consegue libertar Gibbs, mas ambos acabam sendo presos novamente. Na sequência, ao ser levado à presença do Rei Jorge II da Grã-Bretanha, Jack descobre que o Capitão Hector Barbossa (Geoffrey Rush) deixara a pirataria após perder o navio Pérola Negra em combate e atua agora como corsário real. Sparrow consegue fugir mais uma vez, em uma ação totalmente improvisada como lhe é comum. A visita ao monarca reforça um boato que corre nas ruas de Londres, que deixa Jack cada vez mais intrigado, o de que ele chegara na cidade e estaria juntando uma tripulação para zarpar em busca da fonte da juventude. Ele descobre então que alguém está se passando por ele.

 

Quem estava tentando se passar por Jack Sparrow era Angelica (Penélope Cruz), um de seus casos não tão bem resolvidos do passado. Ao ser descoberta por ele, Angélica o convence a retomar sua busca pela fonte da juventude, o que seria mais fácil agora que ele teria um navio e uma tripulação à sua disposição. O que ele não sabe é que ela é filha do temido pirata Barba Negra (Ian McShane) e que só o convidou para a expedição em busca da fonte por acreditar que ele já esteve lá. Barba Negra, por sua vez, está atormentado por conta de uma profecia, que garante que ele seria morto em pouco tempo por um homem de uma só perna, ele vê na fonte da juventude uma forma de enganar o próprio destino. Estão também na busca pela fonte, corsários espanhóis e ingleses, este últimos capitaneados pelo ressentido e vingativo Barbossa. Como não poderia faltar o já tradicional elemento sobrenatural, a jornada passa pela temida Baía das Espumas, região habitada pelas lendárias sereias, criatura tão belas quanto mortais. As sereias têm consigo um dos ingredientes primordiais para a conquista da juventude e não será nada fácil tirá-lo delas.

 

Feito um breve resumo da trama, vamos então a uma avaliação: O filme tem aventura, tem efeitos especiais, tem toques de humor e não é complexo. Se ele tem tudo isso, por que então ele não funciona? Não funciona porque a história se torna clichê ao tentar se amparar naquilo que já foi feito nos outros filmes, sem apresentar grandes novidades; os efeitos especiais não fazem jus a um filme do gênero, estando bem aquém até mesmo dos outros filmes da franquia; as piadas são construídas sobre temas também repetidos, que já perderam a graça desde o terceiro filme da série e como já disse o roteiro ficou simplificado demais, até para o público médio. Percebe-se o excesso de preocupação em deixar a história toda amarrada, o que prejudica a condução da trama e a construção dos personagens, afetando diretamente a reação das plateias. O desfecho é altamente previsível e não chega nem perto da tensão criada pelo segundo e das reviravoltas do primeiro.

 

Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas é um filme ruim? Não, ele não é! Johnny Depp está muito bem (mais uma vez), Penélope Cruz (sempre belíssima) consegue dar um brilho especial a cada uma das cenas em que aparece, apesar de eu achar que seu personagem poderia ter sido melhor construído. A trilha sonora, que inclui canções da dupla mexicana Rodrigo y Gabriela, é muito boa, a fotografia não é excelente, mas também não deixa nada a desejar e apesar de tudo o filme tem algumas ótimas passagens, como aquela que mostra o aparecimento das sereias e a da fuga de Jack Sparrow no início do filme (esta última conta com uma ponta, pessimamente situada na história, da aclamada atriz inglesa Judi Dench). Keith Richards aparece mais uma vez como o Capitão Teague Sparrow, o pai de Jack, ele protagoniza ao lado de Deep um dos diálogos mais engraçados do filme...

 

Ainda consigo lembrar de quando assisti O Bau da Morte pela primeira vez (somente algum tempo depois eu consegui assistir A Maldição do Pérola Negra), aquele não tinha sido um dia bom, eu estava muito mal por conta de algumas coisas que tinham acontecido e ver o filme, de uma forma mágica, varreu pra longe minhas preocupações e me fez rir alto com as peripécias de Sparrow, de  Will Turner (Orlando Bloon) e de Elizabeth Swann (Keira Knightley), (estes últimos fazem falta nesta continuação). Sinto por não ter encontrado isso em Navegando em Águas Misteriosas, talvez se este tivesse sido o primeiro longa da série que eu viesse a assistir o efeito dele sobre mim pudesse ter sido bem diferente. Posso assegurar que para mim valeu a pena ter assistido ao filme, matei a curiosidade de ver a sequência de uma franquia da qual já gostei muito, vi Penélope na pele de uma pirata e me diverti bastante, mesmo que daqui a alguns anos eu não me lembre deste dia, ainda assim valeu a pena. Recomendo!


Do diretor Rob Marshall, recomendo também: Chicago (2002)
Memórias de uma Gueixa (2005) e Nine (2009).

Assistam ao trailer de Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas
no You Tube, clique AQUI !

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6 comentários:

  1. Bacana seeu blog! Parabéns *-*

    Blog Atualizadoo!!! Dá uma passadinha lá, vs vai adoraar!!!
    http://echidellanima.blogspot.com/

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  2. Muito bom esse filme.Gosto bastante de Piratas do Caribe..


    Legal seu blog.
    Girlfatemusic.blogspot.com

    Estou seguindo
    ^^

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    Respostas
    1. Eu tbm,eu gosto do Jack e Angélica,eu n gosto da Elizabeth!(ela é meio adultera)

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  3. Piratas do Caribe é um dos melhores filme do mundooo!!! o 4 filmes foram um grande sucesso!! gerando fãs!!!

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  4. Ezato carinha,eu amo Jack Sparrow,mais o seguinte é que,eu quero q Jack e Angélica fiquem juntos!E fiquei sabendo q o 5,n sera de acordo o quarto!E eu gostei de seu blog!"elizabeth é com will"

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  5. Gosto muito desses filmes!! Tenho ate a musica tema aqui no pc. (Era meu desertador, mas acabei enjoando de ouvir ela tocar pra me acordar) XD

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