Entre o Amor e a Paixão (Take this Waltz) - 2011. Dirigido e Escrito por Sarah Polley. Direção de Fotografia de Luc Montpellier. Música Original de Jonathan Goldsmith. Produzido por Sarah Polley e Susan Cavan. Joe's Daughter / Canadá | Espanha | Japão.
"As conexões me assustam... Nos aeroportos, passar de um avião para outro correndo, com pressa, sem saber, tentando descobrir, me perguntando se vou conseguir... Acho que posso me perder e talvez eu apodreça e morra num terminal esquecido e vazio, cuja existência ninguém saiba [...] Eu tenho medo de me perguntar se vou me perder, eu não gostaria de estar entre duas coisas, eu tenho medo de ter medo..." - Esta citação, dita por Margot (Michelle Williams), a personagem central de Entre o Amor e a Paixão (2012), diz muito sobre ela e sobre a situação que ela vive na história contada pelo filme. Numa viagem de trabalho ao Canadá ela conhece Daniel (Luke Kirby), um jovem romântico e sedutor, que trabalha como condutor de riquixá (carrinho de mão usado para transportar passageiros). Na viagem de volta ela descobre que, por incrível que pareça, ele é seu vizinho. A proximidade, que favorece o contato nos dias que se seguem, os torna cada vez mais íntimos. Ele não esconde o que sente por ela, nem suas intenções, ela, no entanto, se recusa a se entregar àquilo que pode ser uma aventura amorosa inconsequente, afinal de contas ela é casada com Lou (Seth Rogen).
Margot, já totalmente envolvida por Daniel, se vê mergulhada em um dilema que é mais ético que moral, ela não quer trair o marido e esta decisão não é motivada por um código de conduta ou pela opinião alheia, mas tão somente pela sua consideração por ele. Lou é um homem bom, mas apesar de ser afetuoso e dedicado à casa, ele aparenta não perceber a melancolia que se abateu sobre a esposa. Na maior parte do tempo ele, que é escritor de livros de culinária, está na cozinha preparando pratos sofisticados com frango, sua especialidade, enquanto ela parece tentar se transportar para algum lugar distante, seu olhar vazio parece ser de fato uma janela de sua alma atormentada. Margot não encontra mais sentido em sua vida familiar e é evidente na trama o quanto ela se culpa por isso. O dilema que ela vivencia se torna um fardo difícil de ser carregado, o que acentua ainda mais sua tristeza, mas, mesmo estando cansada de tudo, ela se faz de forte e tenta negar a si mesma e aos seus impulsos para salvar seu casamento.
O conflito vivenciado por Margot levanta um questionamento importante: A partir de que ponto pode-se dizer que existe de fato a traição? Alguns podem argumentar que ela apenas se concretiza quando há uma entrega, que pode ser materializada pelo ato sexual ou até mesmo por um beijo, no entanto, o roteiro nos faz questionar a possibilidade de sua gênese estar em atitudes mais singelas, como na dissimulação, nas pequenas mentiras e até mesmo no silêncio... O interessante é o que o texto de Sarah Polley consegue nos conduzir a este questionamento e a diversas outras reflexões sem precisar fazer julgamentos acerca da atitude da personagem central, ela não nos é apresentada como vítima, nem como vilã e isso também vale para os outros dois personagens já citados; tal tipo de construção os torna humanos e capazes de nos levar a nos identificarmos com eles e com algumas das situações que eles vivem na história.
"Às vezes eu não sei... Às vezes eu ando pela rua e um raio de luz ilumina de maneira especial a calçada e me dá vontade de chorar e um segundo depois passou. E aí eu decido porque sou um adulto, decido não sucumbir à momentânea melancolia..."
A melancolia de Margot pode ser analisada como um resultado dos dilemas vividos por ela e é preciso ressaltar que estes não surgiram com o aparecimento de Daniel, a verdade é que ela não consegue se encontrar nada daquilo que construiu ao lado de Lou. Ela tenta se convencer de que a estabilidade da vida familiar é o que ela busca, todavia, ela está a procura é de novidade e fluidez, por isso tanto a rotina quanto o comportamento do marido a incomodam tanto. A melancolia que ela experimenta surge de sua inadequação em relação à sua própria realidade, mas, como fica claro na citação reproduzida logo acima, ela tenta ignorar este sentimento como se sua manifestação fosse uma evidência de imaturidade.
A narrativa de Entre o Amor e a Paixão se vale de um excelente aparato técnico que ajuda a compor diversas metáforas visuais, que funcionam ora como prenúncio de algo que está por vir, ora como extensão daquilo que cada um dos personagens sente. Um bom exemplo disso é uma construção cênica recorrente, que surge em quatro momentos distintos da trama, trazendo significados que se tornam complementares quando analisados em conjunto.
[Atenção: Spoilers leves a partir deste parágrafo] A primeira destas passagens está no início do filme e mostra Margot e Daniel voltando do Canadá, eles estão em um veículo que se move sobre um trilho e a câmera os captura sentados de frente para ela. O veículo se move na direção oposta à de seus campos visuais, o que nos dá a impressão de que eles estão se distanciando de algo e indo numa direção oposta. Esta passagem simboliza perfeitamente o momento que eles estariam prestes a viver, ambos embarcariam em uma viagem cujo destino eles ainda não conseguem vislumbrar, pois suas perspectivas só lhes permitem enxergar o que já passou.
Na segunda passagem, Margot e Lou estão no riquixá puxado por Daniel e esta sequência também possui uma conotação bastante interessante, ela também faz referência a algo que está por acontecer. Desta vez a situação muda, agora é Daniel quem conduz e escolhe o caminho e isto pode ser entendido como uma referência ao poder que ele passa a exercer sobre o destino do casamento de Margot e Lou.
Na terceira passagem, que é uma das sequências mais belas do filme, Margot e Daniel estão em um brinquedo em um parque de diversões. A pequena cabine com dois assentos, onde eles se encontram, se movimenta de forma alheatória, fazendo curvas e mudanças de orientação inesperadas, os movimentos bruscos assustam Margot em determinados momentos, mas ela aparenta estar se divertindo, como há muito tempo não fazia. Novamente a sequência é um prenúncio do que está para acontecer. Os movimentos desorientados do brinquedo representam a fluidez que Margot finalmente encontra ao lado de Daniel.
A quarta e última sequência se passa no mesmo brinquedo, porém, agora Margot está sozinha... A imagem dispensa qualquer outro comentário.
A fotografia do longa destaca as tonalidades fortes, que estão presentes nos figurinos dos personagens, nos cenários e nos objetos cênicos. Mas, mesmo com todo este colorido, há uma melancolia que pode ser percebida em todo o filme, o que me faz lembrar do diálogo no qual a personagem fala do raio de luz que ilumina de maneira especial a calçada e o efeito dele sobre ela. O colorido a la Amoldóvar, presente na maioria das cenas, é ao meu ver uma metáfora visual das aparências atrás das quais Margot se esconde. Isso fica evidente no momento em que Lou passa a desconfiar que pode haver algo além de amizade na relação entre a sua esposa e o vizinho.
Nesta passagem o colorido praticamente desaparece, dando lugar à uma predominante tonalidade azulada, que remete à frieza e à tristeza, com isso o filme deixa claro que neste ponto não existem mais aparências atrás das quais os personagens possam se esconder, o que sobra é apenas o vermelho do vestido de Margot, que é uma clara referência à paixão que a impulsiona.
Na sequência seguinte a cor predominante no cenário ainda é o azul. A impressão que nos é dada é a de que algum tempo se passou desde a cena anterior; Margot agora já se encontra na cama ao lado de Lou, ela aparece envolta por um lençol branco, que esconde boa parte do seu vestido vermelho. Ela se cobre como se estivesse despida, tamanha é a vergonha que sente. Simbolicamente, o lençol representa a tentativa da personagem de esconder a intensidade de sua paixão pelo vizinho. [Fim dos Spoilers]
Sarah Polley constrói toda sua obra com uma incrível sutileza, o que fica evidente até na cena que mostra diversas personagens femininas nuas (cena que não é nenhum pouco agressiva, muito pelo contrário). A Michelle Williams está ótima, mais uma vez. Apesar de personagens melancólicas terem sido recorrentes em sua carreira nos últimos anos, ela consegue dar à sua Margot propriedade e profundidade. Luke Kirby também dá um show de atuação e tenho que reconhecer que até o Seth Rogen, que geralmente não me convence, está muito bem. Entre o Amor e a Paixão é um filme dramaticamente consistente e visualmente belo, que merece ser conferido por todos... Ultra recomendado! P.S.: Preste atenção na ótima trilha sonora!
"As conexões me assustam... Nos aeroportos, passar de um avião para outro correndo, com pressa, sem saber, tentando descobrir, me perguntando se vou conseguir... Acho que posso me perder e talvez eu apodreça e morra num terminal esquecido e vazio, cuja existência ninguém saiba [...] Eu tenho medo de me perguntar se vou me perder, eu não gostaria de estar entre duas coisas, eu tenho medo de ter medo..." - Esta citação, dita por Margot (Michelle Williams), a personagem central de Entre o Amor e a Paixão (2012), diz muito sobre ela e sobre a situação que ela vive na história contada pelo filme. Numa viagem de trabalho ao Canadá ela conhece Daniel (Luke Kirby), um jovem romântico e sedutor, que trabalha como condutor de riquixá (carrinho de mão usado para transportar passageiros). Na viagem de volta ela descobre que, por incrível que pareça, ele é seu vizinho. A proximidade, que favorece o contato nos dias que se seguem, os torna cada vez mais íntimos. Ele não esconde o que sente por ela, nem suas intenções, ela, no entanto, se recusa a se entregar àquilo que pode ser uma aventura amorosa inconsequente, afinal de contas ela é casada com Lou (Seth Rogen).
Margot, já totalmente envolvida por Daniel, se vê mergulhada em um dilema que é mais ético que moral, ela não quer trair o marido e esta decisão não é motivada por um código de conduta ou pela opinião alheia, mas tão somente pela sua consideração por ele. Lou é um homem bom, mas apesar de ser afetuoso e dedicado à casa, ele aparenta não perceber a melancolia que se abateu sobre a esposa. Na maior parte do tempo ele, que é escritor de livros de culinária, está na cozinha preparando pratos sofisticados com frango, sua especialidade, enquanto ela parece tentar se transportar para algum lugar distante, seu olhar vazio parece ser de fato uma janela de sua alma atormentada. Margot não encontra mais sentido em sua vida familiar e é evidente na trama o quanto ela se culpa por isso. O dilema que ela vivencia se torna um fardo difícil de ser carregado, o que acentua ainda mais sua tristeza, mas, mesmo estando cansada de tudo, ela se faz de forte e tenta negar a si mesma e aos seus impulsos para salvar seu casamento.
"Às vezes eu não sei... Às vezes eu ando pela rua e um raio de luz ilumina de maneira especial a calçada e me dá vontade de chorar e um segundo depois passou. E aí eu decido porque sou um adulto, decido não sucumbir à momentânea melancolia..."
A melancolia de Margot pode ser analisada como um resultado dos dilemas vividos por ela e é preciso ressaltar que estes não surgiram com o aparecimento de Daniel, a verdade é que ela não consegue se encontrar nada daquilo que construiu ao lado de Lou. Ela tenta se convencer de que a estabilidade da vida familiar é o que ela busca, todavia, ela está a procura é de novidade e fluidez, por isso tanto a rotina quanto o comportamento do marido a incomodam tanto. A melancolia que ela experimenta surge de sua inadequação em relação à sua própria realidade, mas, como fica claro na citação reproduzida logo acima, ela tenta ignorar este sentimento como se sua manifestação fosse uma evidência de imaturidade.
A narrativa de Entre o Amor e a Paixão se vale de um excelente aparato técnico que ajuda a compor diversas metáforas visuais, que funcionam ora como prenúncio de algo que está por vir, ora como extensão daquilo que cada um dos personagens sente. Um bom exemplo disso é uma construção cênica recorrente, que surge em quatro momentos distintos da trama, trazendo significados que se tornam complementares quando analisados em conjunto.
[Atenção: Spoilers leves a partir deste parágrafo] A primeira destas passagens está no início do filme e mostra Margot e Daniel voltando do Canadá, eles estão em um veículo que se move sobre um trilho e a câmera os captura sentados de frente para ela. O veículo se move na direção oposta à de seus campos visuais, o que nos dá a impressão de que eles estão se distanciando de algo e indo numa direção oposta. Esta passagem simboliza perfeitamente o momento que eles estariam prestes a viver, ambos embarcariam em uma viagem cujo destino eles ainda não conseguem vislumbrar, pois suas perspectivas só lhes permitem enxergar o que já passou.
Na segunda passagem, Margot e Lou estão no riquixá puxado por Daniel e esta sequência também possui uma conotação bastante interessante, ela também faz referência a algo que está por acontecer. Desta vez a situação muda, agora é Daniel quem conduz e escolhe o caminho e isto pode ser entendido como uma referência ao poder que ele passa a exercer sobre o destino do casamento de Margot e Lou.
Na terceira passagem, que é uma das sequências mais belas do filme, Margot e Daniel estão em um brinquedo em um parque de diversões. A pequena cabine com dois assentos, onde eles se encontram, se movimenta de forma alheatória, fazendo curvas e mudanças de orientação inesperadas, os movimentos bruscos assustam Margot em determinados momentos, mas ela aparenta estar se divertindo, como há muito tempo não fazia. Novamente a sequência é um prenúncio do que está para acontecer. Os movimentos desorientados do brinquedo representam a fluidez que Margot finalmente encontra ao lado de Daniel.
A quarta e última sequência se passa no mesmo brinquedo, porém, agora Margot está sozinha... A imagem dispensa qualquer outro comentário.
A fotografia do longa destaca as tonalidades fortes, que estão presentes nos figurinos dos personagens, nos cenários e nos objetos cênicos. Mas, mesmo com todo este colorido, há uma melancolia que pode ser percebida em todo o filme, o que me faz lembrar do diálogo no qual a personagem fala do raio de luz que ilumina de maneira especial a calçada e o efeito dele sobre ela. O colorido a la Amoldóvar, presente na maioria das cenas, é ao meu ver uma metáfora visual das aparências atrás das quais Margot se esconde. Isso fica evidente no momento em que Lou passa a desconfiar que pode haver algo além de amizade na relação entre a sua esposa e o vizinho.
Nesta passagem o colorido praticamente desaparece, dando lugar à uma predominante tonalidade azulada, que remete à frieza e à tristeza, com isso o filme deixa claro que neste ponto não existem mais aparências atrás das quais os personagens possam se esconder, o que sobra é apenas o vermelho do vestido de Margot, que é uma clara referência à paixão que a impulsiona.
Na sequência seguinte a cor predominante no cenário ainda é o azul. A impressão que nos é dada é a de que algum tempo se passou desde a cena anterior; Margot agora já se encontra na cama ao lado de Lou, ela aparece envolta por um lençol branco, que esconde boa parte do seu vestido vermelho. Ela se cobre como se estivesse despida, tamanha é a vergonha que sente. Simbolicamente, o lençol representa a tentativa da personagem de esconder a intensidade de sua paixão pelo vizinho. [Fim dos Spoilers]
Sarah Polley constrói toda sua obra com uma incrível sutileza, o que fica evidente até na cena que mostra diversas personagens femininas nuas (cena que não é nenhum pouco agressiva, muito pelo contrário). A Michelle Williams está ótima, mais uma vez. Apesar de personagens melancólicas terem sido recorrentes em sua carreira nos últimos anos, ela consegue dar à sua Margot propriedade e profundidade. Luke Kirby também dá um show de atuação e tenho que reconhecer que até o Seth Rogen, que geralmente não me convence, está muito bem. Entre o Amor e a Paixão é um filme dramaticamente consistente e visualmente belo, que merece ser conferido por todos... Ultra recomendado! P.S.: Preste atenção na ótima trilha sonora!
Quando eu assistia a Michelle Willians em Dawson's Creek há alguns, não imaginava que ela iria alcançar tamanho sucesso e demonstrar tanto talento. Abraços.
ResponderExcluirOi Brunão! Tudo bem aí meu velho?
ResponderExcluirRpaz, vc estudou cinema? Qual a sua formação?
Puxa... Você sabe muuuito sobre tudo! Sobre enredo, fotogrefia, atuações... Eu tenho orgulho de vir aqui sempre e ver que sou amigo de uma cara que sabe do que está falando e não simplesmente descarrega a sua raiva falando mal das obras dos outros!
Parabens meu amigo!!!
Um dia quero que você faça uma comparação entre "O quatrilho" e "A vida é bela." que pra mim, foi o maior roubo que o Oscar fez num julgamento. Mas eu não entdeno tão bem assim. Hahahahahahahaha.
Um abração e tenha um lindo natal!!!!
O filme é realmente interessante na maneira bem franca e realista que trata, cuidadosamente, da questão do desejo e de como é delicada a situação de Michelle Williams (excelente, como sempre, pura entrega). A pergunta e o tal conflito "deve largar um casamento perfeito e sereno para um tesão avassalador?" é insistente na narrativa e Polley é feliz nisso. Contudo, acho que o filme é, por vezes, pouco envolvente e se firma em certos "clichês" já expostos em tantos outros. Acho o personagem e caracterização de Luke Kirby meio forçada e artificial, às vezes se rendendo ao típico "vizinho sexy que causa desejo em qualquer um". Enfim, eu esperava um pouco mais no roteiro, mas, ainda assim, o filme tem bons momentos, é bem dirigido e atuado. Abs! Gostei do texto.
ResponderExcluirBruninho, fiquei super curiosa pra conferir! Super anotado!!!!! Acho essa menina,. Michelle, excelente!!!! :P
ResponderExcluirEstou entrando em período de recesso(do trabalho) e conseguindo voltar minhas visitas. Aliás, acho que estive um tanto quanto desanimada e super cansada, nos últimos meses. Mas, que as coisas se acalmem um cadim, pois estou precisando.
JoicySorciere => CLIQUE => Blog Umas e outras...
Curiosamente discordo do Cristiano. Acho que o filme opta por fugir dos clichês, visto até pelo seu desfecho. Sem dúvidas, estamos diante de uma obra realizada com muito esmero e sensibilidade. Como disse no meu texto, traz uma temática semelhante a de Namorados para Sempre, mas de uma maneira mais singela, sem tanta crueza e por vezes, até mais natural, apesar da poesia. Não sei não, podem até me criticar, mas acho q gosto mais do filme de Polley do que o do Cianfrance.
ResponderExcluirAbração e ótimo analise sobre as cores do filme.
Nosso querido Cinéfilo,
ResponderExcluirTeclando muito bem mais uma vez(quase óbvio né)
Como disse em nosso grupo, sou fã da Michelle e um pouquinho do Seth,.
Gosto do modo de enredo da Polley, sua sensibilidade nas palavras é algo singular.
Adorei o texto.
beijo enorme e um FELIZ PERU!
Eu gostei muito do filme também, e talvez esteja na minha listinha de melhores do ano. Admiro Sarah Polley e Michelle Willians, mesmo com a cara que parece inchada de choro (parece o normal dela), conseguiu me tocar.
ResponderExcluirUltra recomendadíssimo por mim também!
Bruno,
ResponderExcluirTudo bem? Adorei a crítica e já estava com vontade de assistir esse filme e agora sem dúvida será degustado. Percebi pelo o que você escreveu lá no blog que o ano foi duro, mas com grandes resultados.
O que desejo para você? Inspiração, sucesso, amor, saúde, paz e belíssimos textos como esse.
Fica com Deus nesse Natal.
Um beijo dos seus amigos Mateus e Luciana
Olá, José Bruno.
ResponderExcluirMais um filme que desconheço.
Sua descrição do visual do filme etratando o emocional dos personagens me lembrou O Pescador de Ilusões, onde a câmera muda totalmente de posição quando mostra a loucura de Parry (Robin Williams).
Abraço.