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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Os Descendentes

Os Descendentes (The Descendants) - 2011. Dirigido por Alexander Payne. Escrito por Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash, baseado na obra de Kaui Hart Hemmings. Direção de Fotografia de Phedon Papamichael. Produzido por Alexander Payne, Jim Burke e Jim Taylor. Fox Searchlight Pictures / EUA.


Os Descendentes (2011) não é melhor filme de Alexander Payne e também não traz a melhor atuação da carreira de George Clooney… Mas não, eu não o considero superestimado, cada um dos elogios que ele recebeu e prêmios aos quais ele foi indicado, foram realmente merecidos. Pode parecer que eu estou me contradizendo, mas não, este é o tipo de filme no qual o atrativo transcende qualquer uma de nossas noções de técnica, narrativa, ou de atuações. O impacto causado pelo longa não pode ser explicado tão facilmente, não é algo que pode ser mensurado e não tem nenhuma categoria em festivais ou premiações que valorize tal tipo de efeito. A reação que ele nos provoca é subjetiva e se dá de uma forma sutil, sem qualquer tipo de apelação, é um impacto causado pelo realismo desmascarado, sem fantasias ou adornos... O foco da narrativa de Os Descendentes é uma família nuclear não tão bem estruturada, como em tantos outros filmes que abordam tal temática, neste as relações conjugais e entre pais e filhos apontam para uma crise maior, que não é algo ficcional, é uma crise generalizada que afeta ameaça a família como instituição.

Matt King (George Clooney) é um advogado havaiano bem sucedido em sua profissão, ele é um dos herdeiros de uma verdadeira fortuna em terras e é também o depositário do fundo que administra os bens de sua família. Ele, diferente de seus parentes, prefere trabalhar duro a contar com a riqueza acumulada pelos seus antepassados, mas é por trabalhar demais que ele acabou se distanciando da esposa e das duas filhas. Um evento inesperado trará segredos à tona e lhe fará rever sua postura como marido e como pai, ainda que seja tarde demais para reparar alguns erros cometidos no passado. Elizabeth (Patricia Hastie), a esposa de Matt, sofreu um grave acidente no mar, enquanto praticava um esporte radical, ela entrou em coma e ele se viu obrigado a cuidar sozinho de Amara Miller (Scottie), sua filha caçula de 10 anos. Percebendo a necessidade de reunir sua família, Matt vai ao encontro de Alexandra (Shailene Woodley), a filha mais velha de 17 anos, ela estava morando em uma outra ilha, onde estudava em um colégio interno, ela é rebelde e seu comportamento, ao que tudo indica, é um resultado de sua conturbada relação com seus pais.


Meus amigos do continente pensam que só porque eu moro no Havaí eu vivo no paraíso, como férias permanentes, que nós só vivemos tomando drinques, mexendo os quadris, pegando onda… Eles são loucos? Eles acham que nós somos imunes à vida? Como eles podem pensar que nossas famílias são menos fracassadas, que nosso câncer é menos fatal, ou que nossos infartos são menos dolorosos? Há 15 anos que não subo em uma prancha, droga!

Como se não bastasse a relação complicada com as filhas e o estado de saúde delicado da esposa, Matt ainda tem que lidar com os interesses de seus primos ambiciosos, que esperam que ele conclua o mais rápido possível a venda das terras pertencentes á família. O problema é que dois dentre os descendentes não aprovam a transação, gerando intrigas e divisões. Além disso, a venda da propriedade iria impactar de forma negativa na vida dos habitantes da ilha, que de uma forma ou de outra dependiam daquele espaço e de seus recursos para sobreviverem, isso faz com que Matt seja visto como um vilão pela população local. Em meio a este turbilhão de coisas, que estão acontecendo ao mesmo tempo, ele precisará sair de sua aparente situação de conforto para enfrentar a vida que se levanta contra ele, para isso ele e suas filhas precisarão amadurecer, não como indivíduos, mas como família...


Na sutileza que lhe é característica, Payne vai desenhando a fragmentação e o distanciamento da família de Matt a cada sequência. Diversas situações no filme apontam para a desestruturação e consequente decadência não só do lar retratado, mas da família como instituição, em uma das cenas um dos primos de Matt lhe diz: "Vamos processá-lo Matt. Só porque você é advogado, não significa que o resto de nós terá medo de processá-lo... Mas ninguém quer fazer isso, somos uma família!". Tal declaração chega a ser quase irônica dado o contexto no qual ela é dita, o "somos uma família" que ele diz cai quase como uma bomba sobre nossas próprias convenções e deixa clara a angulação temática que o filme segue... Ainda que a esposa de Matt esteja em coma, seus primos só conseguem pensar no dinheiro que conseguiriam ao vender suas herdades, em nenhum momento os vemos tentando consolar as garotas ou dizendo algo que soasse no mínimo sincero. Mas o próprio Matt também capenga no quesito relação familiar, em determinado momento no início do filme, ele se preocupa mais em descobrir a melhor forma de dar as más notícias para os familiares e amigos, do que em dar o apoio e a atenção que suas filhas precisam naquele momento. 


Alexandra busca fora do seio familiar o afago que precisa, é aí que entra em cena o estranho Sid (Nick Krause), um de seus amigos que ela trouxe para passar uma temporada com sua família, ele é um personagem que funciona como alívio cômico no filme, sua "inocência" e falta de noção, além de o coloca-lo em diversas situações embaraçosas, ainda funcionam um facilitador, um canal para que algumas das verdades, que alguns dos personagens tentam camuflar, venham à tona (prestem atenção em alguns dos diálogos dele com Matt). É interessante perceber o quanto cada um dos personagens vão se transformando durante a trama, sem que isso seja mostrado como algo surreal ou forçado demais. Os Descendentes nos leva à uma reflexão necessária acerca do como uma família não tão bem estruturada pode ser tão nociva para cada um de seus membros, ainda que as aparências apontem para algo diferente. O filme transita por momentos duros, mas também por aqueles nos quais redescobrimos o quanto é importante estar realmente próximos daqueles a quem amamos, para algumas famílias estes momentos podem ser raros, mas quando acontecem são capazes de sobrepor a dor de todos os outros, por mais duros que eles sejam...


Só não considero Os Descendentes o melhor filme de Payne porque ele tem Sideways (2004) no currículo e esta só não é a melhor atuação de Clooney, simplesmente porque seu desempenho em Conduta de Risco (2007) chega a ser surreal de tão extraordinário. No entanto nada disso importa, a verdade é que  esta é uma pequena obra prima, à qual alguns poderão até ficar indiferentes pela falta de sensibilidade à abordagem intimista que o filme tem, contudo ele é na minha opinião uma daquelas produções que transcenderão o momento de glória proporcionado pelo entusiasmo da crítica especializada e pelos prêmios que tem ganhado. Este é um daqueles filmes capazes de nos emocionar e nos levar à uma reflexão profunda acerca de nossas próprias vidas e daquilo que valorizamos como indivíduos e como sociedade. O filme tem uma  bela fotografia, que valoriza muito bem cada uma das locações, e a trilha sonora composta por canções havaianas também é ótima, mas estes não são nem de longe os melhores aspectos do filme. Os Descendentes pode não ser o meu favorito na famigerada disputa ao Oscar 2012, mas se ele ganhar, ao menos terei a impressão de que alguma justiça foi feita. Recomendo!


Os Descendentes está indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Diretor, Ator (George Clooney), Roteiro Adaptado e Montagem. No Globo de Ouro, o filme venceu nas categorias de Melho Filme de Drama e Ator (George Clooney), tendo sido indicado também aos prêmios de Melhor Diretor, Atriz Coadjuvante (Shailene Woodley) e Roteiro.

Assistam ao trailer de   Os Descendentes   no You Tube, clique AQUI !

Confiram também aqui no Sublime Irrealidade a crítica de As Confissões de Schmidt (2002), também dirigido por Alexander Payne.


24 comentários:

  1. Ah, José Bruno, mais um filme para minha listinha... rsrsrsrs... a verdade é que ultimamente tenho visto pouquissimos filmes hollywoodianos! Gostei da resenha, viu!?

    Sobre seu comentário lá no Umas e outras, eu adorei a ideia um pouco "engraçada" do clipe do Blind... nota eles vestidos de "Chordettes" no início do Clipe? Achei demais... eles meio que brincaram com a música de uma forma bem gostosa.

    Vc pontuou sobre a questão da qualidade e isso é fato. Há bandas antigas que continuam fazendo coisas boas, mas há tbem algumas que simplesmente caíram muito. Assim como não há novidades que agradam, mas diversas "novidades" que merecem ser jogadas no lixo... A impressão que eu tenho é que agora, com essa facilidade em gravar músicas, a coisa tem piorado. Afinal, dentro de um grande quantitativo a possibilidade de haver coisas ruins é bem maior, né!!? Estava falando com o Manfio que hoje há algumas letras que chegam a ser o cúmulo da "mesmice", são tão "mais do mesmo" que é de assustar. Com isso, o pessoal as vezes fica questionando pq continuo ouvindo sempre o mesmo som(de determinadas bandas), apesar dos anos já terem passado para essas bandas então eu acabo dizendo "Pô, se for pra ouvir porcaria, prefiro continuar com meus clássicos". Sem generalizar, claro!

    bjks JoicySorciere => Blog Umas e outras...

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    1. Ah, detalhe... as confissões de Schimidt é perrrrfeito! Está entre meus filmes favoritos... ;)

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    2. Eu também gosto muito de "As Confissões de Schimidt", não deixe de conferir a crítica dele aqui no blog... Se você gosta do estilo dos filmes de Payne como eu, tenho certeza que você irá se deliciar com "Os Descendentes"...

      No tocante à música, acho que a facilidade de gravar e distribuir os materiais, tem tanto um lado positivo, quanto um negativo. O positivo é que este novo modelo de mercado quebra a hegemonia de gravadoras e de outras corporações da indústria fonográfica. O negativo é que o número de porcaria produzida aumenta. Eu sou menos negativo quanto ao cenário musical atual, acho que tem muito coisa legal sendo produzida, só que não no circuíto mainstrean...

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  2. Oi Bruno,

    Confesso que assisti o filme e não me agradou por inteiro. Gostei principalmente da atuação da filha, talvez porque ela seja a mais autêntica personagem ou talvez porque seja a que tem maior maturidade de enfrentar a situação.

    Percebi também um contexto da família americana do tipo de se passar juntos o que vier, mesmo quando as distâncias possam ser enormes.

    Acabo de assistir ´Cada um Tem a Gêmea que Merece´ e posso falar que mesmo não admirando as besteiras do Sandler, foi divertido.

    Enfim, como sempre, a crítica perfeita.

    Beijos e bom final de semana

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    1. Luciana, um de meus amigos me disse que também não gostou tanto do filme na primeira vez que o assistiu, ele tinha feito o download na net, mas que logo em seguido ele estreou no cinema e ele o reviu, ele disse que ao vê-lo com outros olhos o filme funcionou de uma forma totalmente diferente e que só ai ele foi ver o mérito da atuação de Clooney e o peso da direção hábil de Payne, talvez com você aconteça o mesmo, quem sabe você não venha a gostar mais dele em uma próxima sessão?

      Ainda não assisti "Cada um tem a Gêmea que Merece", mas confesso que até gosto do Sandler, apesar de eu não considerá-lo um ator tão bom, acho que é mais por questão de simpatia com a imagem que temos dele...

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    2. Assisti "Cada um tem a Gêmea que Merece" legendado e não achei graça nenhuma no Sandler. Cheguei à conclusão que eu acho graça é no dublador brasileiro dele !?!
      Bjs...Elis.

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    1. É o estilo característico de Payne, os dramas são explorado sem exageros ou apelações, o que torna o filme leve, apesar de denso... Acho que ele é do tilpo de filme que melhora a cada vez que assistimos...

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  4. Brunão meu amigão, sabe eu assisti esse filme e não me empolguei assim igual você se empolgou. Confesso que seu texto está melhor que o filme, hahahahhahahahaha e olha que eu gosto do George Cloney pra caramba. Mas tá valendo!

    Um abração meu velho e tenha um final de semana bacanão!

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    1. Os filmes de Payne têm uma característica que me lembra os da Sofia Coppola, eles são introspectivos demais, de alguma forma você precisa se identificar com algo da trama para que ela faça realmente sentido, eu vi a minha família refletida no filme e a dor dos personagem em alguns momentos parecia ser a minha dor, isso com certeza influenciou na forma que vi o filme. Eu gostei muito dele, ainda que não o veja como o melhor de Payne, ou a melhor atuação de Clooney...

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  5. caro bruno,
    sideways é um filme genial; os descendentes, a que assisti na sexta-feira, foi um pouco melhor que dececionante. anunciado como a grande interpretação de clooney numa história que arrebata, apenas vi um filme que parte de um bom princípio (a desestruturação da família que, à morte de um dos membros, exige do outro sagacidade para reconquistar um lugar que é seu por direito mas que nunca exerceu: o de pai), mas que se perde numa trama perfeitamente secundária: a infidelidade. de resto, a generalidade dos quadros soou-me demasiadamente artificial, quase caricatural...
    bom, é este um dos fascínios da arte: o que toca a uns acaba por não o fazer da mesma forma a outros.

    um abraço!

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    1. Olá Jorge,
      Sideways continua sendo meu favorito de Payne, concordo com você que a atuação de Clooney, apesar de muito boa, não é a sua melhor, e ele não é arrebatador, o impacto que ele causa é mais sutil e realmente tende a variar de pessoa para pessoa, justamente por ser introspectivo. Eu me vi na situação do personagem de Clooney, principalmente na situação de ter que "cuidar" de um familiar doente sem a ajuda dos demais familiares... Acho que talvez por isso o filme tenha me impactado mais. Achei belíssimas algumas sequências como a da piscina, a que ele conversa no meio da noite com o amigo da filha e principalmente da sequência final...

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  6. Nunca assisti , mas adorei a sua resenha e o filme parece ser muito bom ! :D Adoro o George Clooney :*

    www.spiderwebs.tk

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    1. Ele é realmente muito bom, não irá agradar facilmente a todo mundo, mas eu achei ótimo, não perca a oportunidade de assisti-lo Sabrina!

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  7. Oi José Bruno, já queria ver o filme, e com sua resenha então, sempre fico com mais vontade! Achei a temática interessante e gosto do George Clooney, então com certeza vou conferir, parabéns pelos ótimos textos. Bjo!

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    1. Carol, é legal ver o George Clooney em um personagem tão frágil e tão humano, bem diferente do galã seguro de si que ele está acostumado a interpretar. "Os Descendentes" é um filme cheio de sutilezas e sensibilidades, ao assisti-lo preste atenção nos pequenos detalhes e no como cada personagem é bem criado, eles são dotados de defeitos, medos e dúvidas que os tornam humanos e isso é o mais legal do filme...

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  8. Oi José Bruno. Obrigada por me aceitar no face. Eu não tenho blog, mas comecei comentando no da Joicy e fiz uma amizade legal com ela, a partir daí costumo visitar os blogs que ela indica, como eu sempre digo, vcs escrevem muito bem, sempre me acrescenta algo, e já vi que o seu já entrou prá minha lista de favoritos, ainda mais quando o assunto é cinema, eu amo filmes e séries. Vc entende do assunto, fiquei com água na boca, ainda mais com George Clooney no papel principal, vou assistir esse filme com certeza. Enquanto isso a gente se fala no face. Bjos.

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    1. É um prazer enorme lhe receber por aqui Luciana, seja sempre bem vinda, pode estar certa de que eu vou adoras receber seus comentários, sinta-se a vontade para fazer críticas e dar sugestões... Espero que aqui comece mais uma ótima amizade, daquelas firmes e duradouras! Beijo grande!

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  9. Está na minha lista dos 5 próximos filmes para ver... gostei de cara, acho que foi pura identificação com a história... Atingiu meu "self"!
    Gostei de saber que não considere superestimado, já que algumas películas que abrangem o aspecto familiar tendem a perder o encanto...

    ;D

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    1. Karla, "Os Descendentes" é excelente por não ter exageros dramáticos e por conduzir sua trama de forma natural, quase real, o que dificilmente vemos em filmes sobre questões familiares, onde o roteiro se perde ao se render ao folhetinesco e às apelações... O encanto do filme esta justamente em ser um drama sutil e acima de tudo humano...

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  10. Adorei também. Mas como bem disse, Sideways é uma obra-prima insuperável. Entretanto, Os Descendentes é pra lá de poética e intimista, abordando um tema da maneira mais natural possível. E, embora seja extremamente clichê - e isso é visível -, o que importa, nesse caso, é a condução do filme. Quanto ao Sid, personagem que muitos gostaram, não só achei antipático, como não acrescenta absolutamente nada à narrativa.

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    1. Como disse, eu vejo o Sid como o alívio cômico do filme e o considero importante pelos diálogos que ele protagoniza junto com o personagem central... "Os Descendentes" é um filme excelente, infelizmente a grande maioria não terá uma boa percepção disso, por não valorizar a sutileza do tipo de história contada...

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  11. Oi Bruno!
    Para mim esse filme foi no mínimo intrigante. Enquanto estava assistindo-o, achei normalzinho, gostei da música e da forma como o Havai foi mostrado, dei umas risadas com o "sem noção" do Sid e achei que nem ia postar o filme no blog porque não tinha muito o que falar. Fui me preparar para dormir e os pensamentos sobre o filme começaram a fermentar na cabeça, dormi e quando acordei, mais conclusões apareceram.
    Adorei sua crítica, concordo com a sua opinião sobre o papel do Sid como alívio cômico. Bjs...Elis.

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    1. Isso acontece por que ele é um filme de camadas, vamos o compreendendo de verdade aos poucos, sua trama não é superficial e nem as atitudes de seus personagens por isso ele nos intriga...

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