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terça-feira, 31 de julho de 2012

Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios

Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios- 2011. Dirigido por Beto Brant e Renato Ciasca. Escrito por Marçal Aquino, Beto Brant e Renato Ciasca, baseado na obra literária de Marçal Aquino. Direção de Fotografia de Lula Araújo. Trilha Sonora Original de Simone Sou e Alfredo Bello. Produzido por Fernando Fraiha e Renato Rondon. Cinepro DOT e Drama Filmes / Brasil.


O cinema nacional vive um momento de antítese, já comentei sobre isso outras vezes aqui no Sublime Irrealidade, mas este é um tema pertinente que precisa estar sempre em pauta, basicamente temos produzido dois tipos de filmes, aqueles voltados para o grande público, que são detentores de uma linguagem novelesca e de pouca relevância artística, e aqueles que já nascem fadados a transitar apenas pelo circuíto de festivais e mostras, por terem a distribuição prejudicada por não a agradarem o grande público. Estes dois modelos até há bem pouco tempo atrás estavam separados por uma barreira quase intransponível, a questão da acessibilidade. Grandes filmes eram produzidos e não conseguiam chegar a um público que pudesse de fato valorizar suas qualidades. Todavia este cenário está começando a mudar e a internet tem sido uma das grandes responsáveis por esta mudança. Esta produção, que esteve durante anos à margem, está sendo descoberta por um público maior, e este público, por mais que esteja disperso geograficamente, tende a se tornar um potencial mercado de consumo e como o cinema (mesmo o de arte) é uma a indústria, a formação de um novo mercado tende a gerar mudanças no cenário.

Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios (2011) se enquadra no segundo tipo de filme mencionado acima, apesar de ter sido relativamente privilegiado no tocante à distribuição, ele, assim como O Palhaço (2011) de Selton Mello (que também se enquadra neste tipo), recebeu diversas avaliação negativas por parte do público, apesar de terem sido, ambos, grandes sucessos de crítica. Este fenômeno mostra o quanto a audiência ainda está de certa forma presa ao modelo predominante e por isso qualquer subversão a este modelo é vista por ela como pretensiosismo ou tentativa de parecer cult. Este contexto continua prejudicar obras como esta de Beto Brant e Renato Ciasca, no entanto eu acredito que a transformação que está andamento tende no longo prazo a diminuir a influência que a opinião do público médio exerce sobre o processo de produção, não sei precisar ao certo qual será o resultado desta gradativa transformação no cenário, no entanto a vejo com bons olhos, pelo simples fato dele estar em andamento. [Pretendo ainda abordar melhor este assunto em uma outra oportunidade]


Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios passa longe de ser uma obra prima, contudo ele merece ser aplaudido de pé pelo simples fato de nos apresentar algo diferente daquilo que temos visto na grande maioria dos filmes nacionais. Ele não está completamente livre dos vícios característicos de nossa produção, mas nele até estes vícios são bem utilizados. Sua trama gira em torno de um triângulo amoroso que tem em suas pontas, o fotógrafo Cauby (Gustavo Machado), o pastor Ernani (Zécarlos Machado) e a ex-prostituta Lavínia (Camila Pitanga). 

A história se passa em sua maior parte em uma comunidade ribeirinha no Pará, é lá que Cauby conhece Lavínia, ela logo se torna sua musa inspiradora e modelo para suas fotografias e não demora até eles serem tomados por uma paixão tão lasciva quanto perigosa.  Lavínia é esposa de Ernani, um líder religioso que vem tentando incitar a população local a lutar contra o desmatamento e a se posicionar contra a atuação de grandes empresas que têm devastado a região.


A complexidade psicológica dos três personagens centrais do filme vai ficando evidente pouco a pouco. Através de flashbacks conhecemos a verdadeira história de Ernani e Lavínia, como eles se conheceram e como ele a ajudou a deixar para trás a antiga vida que ela levava antes deles se mudarem para o norte. Quando se conheceram, o pastor viu nela um pouco daquilo que ele mesmo fora em um passado não tão distante e isso o motiva a lutar para que ela seja liberta de cada um de seus tormentos. 

Cauby por sua vez é um homem inerte, seu olhar observador de fotógrafo é dentre as suas característica a que melhor o define, ele não está disposto a brigar por nada e em poucos momentos da história vemos ele reagir à um estímulo que não seja o sexual. Estes três personagens são impactados pelos seus relacionamentos, a interação os transforma de uma forma aparentemente irreversível e a narrativa desenvolve uma interessante metáfora para descrever tal transformação...


A questão ambiental, que serve de pano de fundo para a história, não pode ser analisada tão somente como uma tentativa do filme (ou do livro que o originou, que ainda não li) de parecer politicamente engajado, afinal ela se apresenta mais como uma metáfora dos relacionamentos entre os personagens do que como uma forma de protesto.

No filme, Lavínia é um objeto de cobiça. Ainda que por motivações diferentes, tanto Cauby, quanto Ernani, querem exercer domínio sobre ela, o primeiro apenas consegue enxergá-la (à princípio) como objeto de desejo e de inspiração, enquanto o segundo vê nela um caminho para a própria redenção. Em ambos os casos pode ser percebida a questão da posse, Cauby quer o corpo, Ernani a alma. Ao interagir com eles, ela insurge num primeiro momento como uma força desconhecida e incontrolável, o que fica evidente em duas sequências do filme, todavia esta força pouco á pouco se esvai, ela se enfraquece à medida que o domínio é exercido sobre si.


Um paralelo pode ser feito entre a degradação da natureza e a decadência física e psicológica que a ex-garota de programa vive na história: Ambas, Lavínia e a natureza, se levantaram como forças ameaçadoras, mais acabam se rendendo diante da dominação que lhes é imposta. Em uma de suas passagens mais belas, o filme mostra uma tomada área da região onde a história se passa, imagens da beleza natural do local contrastam com outras que mostram uma área já degradada, esta sequência antecede um outra que mostra a personagem Lavínia em um estado bastante deplorável (que por sua vez contrasta com a imagem dela nas primeiras cenas do filme), este é um dos trechos nos quais a metáfora que mencionei acima fica ainda mais explícita. Em outro momento, um dos personagens toma a a moça nos braços como se ela fosse uma posse que acabara de ser reavida, esta passagem nos remete à forma com que o homem se apropria da natureza para extrair dela todos seus recursos, sendo que ela não é propriedade sua.


Camila Pitanga está excelente na pele de Lavínia, sua total entrega à interpretação é simplesmente assustadora. A atriz, que é pura sensualidade, consegue expressar com um pungente realismo tanto a força quanto a fragilidade de sua personagem. Ela com sua beleza quase hipnótica consegue chamar a atenção para si a ponto de ofuscar todas as outras atuações. Gustavo Machado e Zécarlos Machado também estão muito bem, mas faltam a eles o mesmo tipo de entrega que percebemos na atuação da Camila. O desempenho do ator Gero Camilo, que aparece como um coadjuvante de luxo, também merece destaque, ele interpreta um jornalista (aspirante a poeta) amigo de Cauby, personagem que ajuda a pontuar algumas das diversas reflexões propostas pelo filme, é dele uma das citações mais emblemáticas do longa: "Santa é a carne que peca!"


Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios possui alguns pequenos problemas em seu roteiro que acabam o prejudicando, em diversos momentos ficam pontas soltas e a sensação de que determinadas situações poderiam ter sido melhor aproveitadas. Já no tocante à parte técnica, o filme não deixa nada a desejar, sua fotografia é muito bem trabalhada, o que resulta em imagens belíssimas, o bom uso das tonalidades de cores e a ênfase que se dá a algumas delas em determinadas cenas reforça ora o erotismo, ora a selvageria que nos remete à ideia da natureza não domesticada. A trilha sonora, que faz excelente uso da musicalidade regional, também merece destaque. 

Como eu já havia dito acima, Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios não pode ser considerado uma obra prima, mas não tenho dúvidas de que ele merece ser visto, principalmente por aqueles que já se desprenderam suficientemente do convencionalismo e da preguiça artística e intelectual do cinema mainstrean nacional, os demais provavelmente dirão que ele é chato... Eu, lógico, recomendo! 


Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios ganhou o prêmio de Melhor Atriz (Camila Pitanga) no Festival do Rio em 2011.

Assistam ao trailer de Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios no You Tube, clique AQUI !

A revelação das passagens aqui comentadas não compromete a apreciação da obra,

36 comentários:

  1. Uma vez eu vi uma entrevista da Camila Pitanga sobre esse filme. É um que ela aparece nua em cena né? Eu achei interessante o que ela diz, por que ela ama a arte de atuar e não liga para essas coisas. É tão bonito ver pessoas que se dão por inteiro para o que gostam de fazer! Amei de coração sua resenha e quero ver o filme rs

    Beijão, Sabrina. (www.spiderwebs.com.br) ♥

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    1. É esta entrega total que torna a atuação da Camila Pitanga tão boa, ela se despe fisicamente e psicologicamente em diversas cenas do filme.

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  2. Bruninho,
    te avisando que li e comentei o anterior, por absoluta falta de tempo, decidi pelo Darín.. ops! Secreto de sus ojos! hehe
    Beijos!

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    1. Só o fato de receber sua visita já é algo maravilhoso Cissa, não importa em qual postagem!

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  3. "contudo ele merece ser aplaudido de pé pelo simples fato de nos apresentar algo diferente daquilo que temos visto na grande maioria dos filmes nacionais". perfeito. Adorei o filme, assim como O Palhaço.

    Temos que lutar contra os padrões. Gosto de uma comédia, padrão global, o que não podemos é fazer com que esse estilo seja a única opção.
    A meu ver mescla é a solução......

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    1. Sem dúvidas Renato, apesar de eu não gostar das ditas comédias globais, reconheço que elas têm um público e que este público também merece ser atendido de acordo com seu gosto pessoal, concordo que a mescla seja a mesmo a melhor opção!

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  4. Oii Bruno, eu já tinha ouvido falar não muito bem desse filme, não assisti mas gosto dos atores! Abraçooosss

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    1. Se tiver oportunidade não deixe de assisti-lo Kellen! Abraços

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  5. Já estava cheio de curiosidades de ver o filme só por causa de seu belíssimo título, agora que quero ver mesmo.

    http://monteolimpoblog.blogspot.com.br/2012/07/maldicoes-do-cinema.html

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    1. O título dele é ótimo mesmo Gabriel. Não deixe de assisti-lo!

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  6. Está na minha lista do por serem assistido;
    Fiquei intrigada com o projeto desde que soube dele..
    Gostei de como você retratou o filme, acho que irei gostar.

    ;D

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    1. Acho que irá gostar mesmo Karla, não é uma obra-prima, mas é muito bom, ponto para o nosso cinema!

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  7. Bruninho,
    vim te avisar que vou colocar como adicional do meu próximo post que será publicado nos primeiros minutos do dia 2, o link da tua postagem anterior del secreto de sus ojos, ok? Está EXCELENTE a tua resenha para que eu não faça isso! Teu trabalho merece. Então, fique em alerta, poderá mais alguém comentar por lá.
    Beijos!

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    1. Você me deixou super honrado com esta citação Ana Cecília, foi muito gratificante saber que você, uma grande apreciadora do cinema argentino, gostou tanto de minha resenha. Foi uma grande prazer também receber alguns de seus leitores aqui no Sublime Irrealidade!

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  8. óla Bruno,
    Parabéns pelo blog !

    Gostei e com certeza passarei mais vezes aqui.
    Estou começando com www.nossajovemguarda.blogspot.com e agradeço sua presença la meu amigo.

    Um grande abraço

    Palacios

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    1. Seja sempre bem vindo meu caro amigo, será uma grande prazer lhe receber por aqui mais vezes! Forte abraço!!!

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  9. Oi Bruno,

    Tudo bem? Confesso que ainda sou preconceituosa para o cinema nacional com esse estilho de filme, parece um cult, mas é apenas um drama. Todavia, gostei do contexto regional, do desmatamento, bem como da sensualidade apresentada na trama. Anotado e parabéns pela crítica!

    Beijos,

    Lu

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    1. Escrevi estilho no lugar de estilo.

      Beijos,

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    2. Realmente Luciana, ele é apenas um drama. Não vejo nele uma forte pretensão de ser cult e até acho que ele tinha uma grande potencialidade comercial se o público não tivesse tão apegado ao modelo novelesco...

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  10. Olá Bruno,
    mesmo não sendo considerado uma obra prima, achei interessante pois não vi o filme!
    Abraço!

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    1. É interessante sim Rui, sem dúvidas, e merece ser visto, apesar de não de fato uma obra prima!

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  11. Oi Bruno
    Mais uma obra prima quero dizer sua resenha kkkkkkk, o filme ainda não vi, mas vou procurar ver a partir de sua indicação, é claro.
    Bjão. Fique com Deus!

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    1. Obrigado Luciana!
      Não deixe de assisti-lo se você tiver alguma oportunidade!

      Beijos, fique com deus também!

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  12. Boa tarde, José Bruno.
    Me parece ser bem verdadeiro o que você falou que todo e qualquer filme nacional que não seja um E Aí, Comeu? da vida venha a ser estigmatizado como tentativa de se criar um filme cult.
    Por sorte, é pouca gente que pensa assim, eu acho.
    Não conheço esse filme, vou dar uma pesquisada melhor sobre ele.
    Abraço.

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  13. Amo o jeitocom que v fala dos filmes, vc fala sobre mais não entrega, eu não sei escrever assim, sempre entrego algum ouro.
    Eu não sou fã dos filmes brasileiros, mais é inegavel que existem obras primas por aqui ou aqueles que nos fazem enxergar algo diferente pela tela... eu estou com uma imensa lista de filmes para assistir, mas nem nso fins de semana está dando e a locadora onde alugo os DVDs essa nem falo nada, tem muitos filmes, mas nenhum que eu quero ver... rsrsrsrs... anotado... Bjs

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    1. Pois é Jane, o cinema nacional tem produzido grandes obras, o problema é que poucas delas chegam nas locadoras e quando chegam acabam despertando pouco a curiosidade porquê a maior parte do público não sabe nada sobre elas. É o grande problema da distribuição, que já comentei em outras postagens aqui no Sublime...

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  14. J. Bruninho, penso que há excelentes filmes brasileiros, mas eu ainda não consegui avançar tanto à ponto de ver vários. Isso precisa mudar... quero aumentar a lista de filmes nacionais, em minha história cinéfila!

    bjks JoicySorciere => CLIQUE => Blog Umas e outras...

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    1. Eu tenho que reconhecer que os filmes nacionais representam um percentual pequenos do universo composto por todos que assisto. Não que eu prefira a produção estrangeira em detrimento da nossa, isso se dá mais pela dificuldade de acesso à nossa produção...

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  15. Ótima crítica. Vi o filme e confesso que, excetuando algumas cenas em particular, muito bonitas, achei o filme pouco dinâmico, me deixou inúmeras vezes com aquele sentimento de "vish... poderia ter terminado aí..."

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    1. Atribuo isso aos pequenos problemas do roteiro que mencionei no texto, estes problemas afetam realmente a narrativa, infelizmente...

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  16. Esquecendo Raul, é o meu filme nacional favorito do ano. Acho uma obra belíssima e poética. E, além disso, Camila Pitanga está espetacular - com certeza uma das cinco melhores atuações femininas do ano.

    Quanto à discussão inicial do texto: sempre houve essa antítese. E, pra mim, O Palhaço foi muito bem recebido (pegando como exemplo quem conheço e a bilheteria satisfatória). Sobre a disponibilização dos filmes na internet:e é ainda muito precário. Por exemplo, As Canções, do Eduardo Coutinho, não tem na net até hoje. Às vezes, até quem upa os filmes online, esquece filmes relativamente desconhecidos - sobretudo os nacionais. Enfim...

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    1. A Camila está excelente, esta talvez seja a atuação da vida dela!

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  17. Alguém sabe quando sairá 'Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios' em Blu ray ou DVD?

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    1. Ainda não tenho informações sobre o lançamento, mas não deve tardar para acontecer.

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