Meia-noite em Paris (Midnight in Paris) - 2011. Escrito e Dirigido por Woody Allen. Direção de Fotografia de Johanne Debas e Darius Khondji. Música Original de Stephane Wrembel. Produzido por Letty Aronson, Jaume Roures e Stephen Tenenbaum. Gravier Productions, Mediapro, Televisió de Catalunya (TV3) e Versátil Cinema / Espanha | USA.
Meia-noite em Paris (2011) é apaixonante! Woody Allen nos seduz desde a primeira sequência do filme, que faz um verdadeiro tour pela “cidade luz”. Não tem como não ficar apaixonado pela cidade, pela fotografia, pela canção que toca de fundo ou pela trivialidade, que soa quase poética... Esta belíssima introdução funciona como um prelúdio daquilo que o filme nos mostrará. A câmera que passeia pela cidade parece estar enamorada pelos pontos turísticos, pelos transeuntes e a até mesmo pela banalidade que emana do cotidiano. Esta paixão do cineasta pela descoberta do novo e pela redescoberta do clássico, que transforma suas locações em verdadeiros personagens de seus filmes, imortalizou Manhattan e já passou também por Londres e Madrid. A fase “européia” de sua filmografia começou com o arrebatador Match Point em 2005 e passou pelo delicioso Vicky Cristina Barcelona (2008), obras primas rodadas respectivamente na Inglaterra e na Espanha.
Em Meia-noite em Paris Woody Allen vai além, ele presta homenagem não só a cidade que lhe empresta sua estonteante beleza, ele reverencia também uma época e alguns de seus personagens mais ilustres. No filme ele constrói uma verdadeira ode aos anos 20 e a alguns dos artistas que direta ou indiretamente lhe influenciaram. Não é a primeira vez que Allen usa o realismo fantástico como ferramenta de linguagem em seus roteiros, mas desta vez a fantasia é tão sublime, tão bela, que nem carece de explicações ou justificativas. Tal como o personagem principal da trama, somos convidados a embarcarmos em uma viagem artística e estética na qual nos sentimos constantemente entorpecidos diante do belíssimo simulacro do real que salta aos nossos olhos. O que Woody Allen constrói é um verdadeiro diálogo entre o cinema e outras expressões artísticas, como a literatura, a pintura e a música. O encontro que ele cria entre seus personagens fictícios e outros inspirados em personalidades reais seria a idealização perfeita do diálogo que temos com os artistas quando entramos em contato com suas obras.
Gil Pender (Owen Wilson) é um aspirante a escritor que ganha a vida escrevendo roteiros medíocres para filmes Hollydianos, ele está de passagem por Paris acompanhado da noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). Gil tem uma visão romantizada da cidade e de seus personagens, diferente de sua noiva, que só está interessada em fazer compras e do pai dela, que só viajou para a França por questões de negócios. Gil e Inez não poderiam ser mais diferentes, ela não acredita que ele tenha potencial para ser um escritor bem sucedido e ele reprova constantemente o ímpeto consumista dela. A situação ameaça piorar quando eles se encontram com um casal de amigos, Carol Bates (Nina Arianda) e Paul Bates (Michael Sheen). Paul é um intelectualóide metido e arrogante, do tipo que acha saber tudo sobre tudo, Inez, que o conhece dos tempos de faculdade, surpreendentemente o idolatra, o que desperta os ciúmes de Gil.
Gil, alheio ao roteiro turístico, escolhido por Inez, John e Helen, prefere sentir Paris, ele prefere andar errante pela noite do que suportar a altivez de John em um jantar. No primeiro destes passeios noturnos, Gil, já ébrio, é abordado por alguns figurões que estão indo para uma festa e o convidam para ir junto. Eles lhe dão carona em veículo típico dos anos 20, mas à princípio ele nem se dá conta disso. Sem que ele percebesse, após o relógio da catedral de Notre-Dame bater meia-noite ele fora transportado para a Paris boêmia da década de 20, na festa para a qual fora convidado ele se encontra com Zelda (Alison Pill) e F. Scott Fitzgerald (Tom Hiddleston) e logo em seguida com Ernest Hemingway (Corey Stoll). Em sua volta à “época de ouro”, ele conhece ainda Gertrude Stein (Kathy Bates), Pablo Picasso (Marcial Di Fonzo Bo) e muitos outros artistas pertencentes àquela que ficou conhecida como a “geração perdida”.
No entanto, em sua volta à década de 20, mesmo estando na presença de todos os seus ídolos, Gil tem sua atenção despertada é pela jovem Adriana (Marion Cotillard – belíssima), ela é uma amante de Picasso, que já esteve envolvida também com Modigliani e Braque. Ele enxerga nela tudo que não consegue encontrar em sua noiva, desde a sensualidade à sensibilidade artística. Este amor improvável é apenas um dos fios condutores da história, que justamente por isso admite o rótulo (odeio eles) de comédia romântica, contudo, Meia-noite em Paris é muito mais que um filme bobinho sobre peripécias do amor com algumas tiradas engraçadas. Por falar em humor, o de Woody Allen continua afiado e com alta dosagem de acidez, sutilmente ele dispara farpas contra a política externa dos Estados Unidos, a mercantilização da arte e o pseudo intelectualismo.
Ao assistir o filme preste atenção na forma com que Owen Wilson incorpora o personagem clássico que Woody sempre interpretou em seus filmes, observe os seus trejeitos, os tiques nervosos e até mesmo a verborragia e a gagueira tipicas do “neurótico” sem nenhuma inteligência emocional. Se tal personagem não nos fosse conhecido há muitos carnavais, diria que ele fora feito sob medida para o ator, pois ele está excelente. Marion Cotillard também está ótima e sua personagem é pura sensibilidade e sensualidade. Corey Stoll tem um desempenho formidável na pele de Hemingway, sua expressão facial parece condensar toda a imagem que temos do escritor em nosso imaginário, a de um bêbado galanteador com tendências suicidas. A primeira dama Carla Bruni também não faz feio em sua curtíssima participação como a guia de um museu visitado pelos personagens. Preste atenção também em um dos diálogos mais inusitados do filme, protagonizado por Gil e pelo surrealista Salvador Dalí (Adrien Brody), e na referência ao filme O Anjo Exterminador (1962), feita através de uma dica dada por Gil ao cineasta Luis Buñuel (Adrien de Van).
Meia-noite em Paris é a prova cabal de que mesmo depois de 46 anos de produção ininterrupta Woody Allen ainda está em plena forma. O filme é de fato uma obra-prima na qual fica mais uma vez perceptível o extremo cuidado que o cineasta tem com cada aspecto, desde a trilha sonora à fotografia, passando pelas locações e pela escolha do elenco. O longa ainda evoca uma boa reflexão acerca do descontentamento que geralmente temos em relação à época em que vivemos. Existiria de fato uma “época de ouro”? Todas as gerações mostradas no filme garantem que sim, ainda que esta não seja a mesma evocada por todos... O curioso é que mesmo com tantas referências complexas à literatura, à pintura e à toda uma época, o filme ainda conseguiu ser aplaudido tanto pela crítica quanto pelo público, ele conseguiu arrecadar a maior bilheteria da carreira de Allen, sem que precisasse para isso ter um roteiro raso e/ou apelativo. É sem dúvidas um dos melhores e mais belos filmes de 2011. Ultra recomendado!
Meia-noite em Paris está indicado ao Globo de Ouro nas categorias de de Melhor Filme - Comédia ou Musical, Diretor, Ator - Comédia ou Musical (Owen Wilson) e Roteiro. No SAG o filme está indicado na categoria de Melhor Elenco.
Confiram também, aqui no Sublime Irrealidade, outras resenhas de filmes de Woody Allen:
Oi, Bruno.
ResponderExcluirNão sei se serei uma boa interlocutora sua dessa vez, porque, mesmo considerando a qualidade de seu texto, me sinto obrigada a discordar de tudo. Escrevi sobre esse filme na época em que ele saiu no cinema. Até o convido pra ler o texto e apanhar uma visão diametralmente oposta do filme (e não necessariamente correta; não se pode fazer julgamentos absolutos no que se refere à arte).
Em linhas gerais, achei o filme comercial (turístico, pra ser mais justa), as tiradas tão banais quanto os personagens. Owen Wilson dá uma cópia fajuta do Allen de Manhattan (esse sim, obra prima). A noiva dele e todos os personagens dos anos 20 não passam de caricaturas. Achei que Allen, ao invés de criticar a pseudo-intelectualidade, na verdade exagerou nas concessões à ela, fazendo um filme literalmente superficial: beleza das ruas da cidade (sem qualquer ambiguidade); personagens que não passam de cópias exteriores dos artistas que representam and so on. Chico Lopes classificou admiravelmente o filme como doce, mas de uma doçura que deixa um gosto rançoso na boca.
Concordo, no entanto, com seu ponto de vista sobre Marion. Ela, sim, é uma atriz acima de qualquer suspeita.
Abss
Dani
Minha resenha do filme: http://ofilmequeviontem.blogspot.com/2011/06/meia-noite-em-paris-2011-comediazinha.html
Meia-Noite em Paris é Woody Allen fazendo um filme realmente FODA desde Match Point (gosto muito de Vicky Cristina Barcelona e Tudo Pode Dar Certo, mas, não). É uma homenagem à arte em geral, mas o que mais amei, além do sentimento nostálgico e das inúmeras sacadas, foi a discussão que Woody promove, sobre viver no passado e o limite da nostalgia e realidade atual - algo como isso, difícil explicar... Enfim, adorável do começo ao fim.
ResponderExcluirDanielle eu concordo com algumas coisas do que você diz, concordo que os personagens dos anos 20 sejam caricatos e que a trama seja superficial... mas é justamente isso que torna o filme ainda mais deliciosos, ao meu modo de ver. Os personagens dos anos 20 são são "reais", eles são apenas uma construção baseada justamente na caricatura que todos nós temos deles, o mais provável é que eles tenham sido de fato bem diferente daquilo que temos impresso em nosso imaginário e do mostrado no filme. Woody Allen, no entanto, presta homenagem é ao mito e não aos homens, existe no filme uma romantização quase ingênua da época e de seus personagens, o que me faz lembrar o "A Era do Rádio", outra obra linda do diretor que também fala sobre nostalgia...
ResponderExcluirJúlio, desta fase de Woody o meu preferido continua sendo "Match Point", justamente pela profundidade dramática que ele tem e considero que "Meia-noite em Paris" e "Vicky Cristina Barcelona" estejam em um mesmo patamas de qualidade, em um nível tão alto que os elevam à condição de obras primas. Acho que este filme me tocou de uma forma especial porquê eu também sempre fui muito nostálgico e quem nunca sonhou em poder voltar ao passado e poder dialogar com seus ídolos?
Curto demais os filmes de Woody, esse filme ainda não assisti, por isso não me sinto no direto de comentar com algum conhecimento de causa, mas eu li sua resenha, vc escreve maravilhosamente bem.
ResponderExcluirEstou seguindo seu blog, o achei deveras interessante, também tenho um blog literário, se puder visitar, o conteúdo te agradar peço por favor que siga, e dê-me o prazer de seus comentários quando puder .
Abraços
Vivi
http://vivianeblood.blogspot.com/
Seja bem vinda Viviane, já passei pelo Blog, a dica do livro "Heresia" já esta anotada, sua crítica despertou minha curiosidade sobre ele... "Meia-noite em Paris" é belíssimo, você que é apaixonada por literatura irá adorá-lo, estou certo disso!
ResponderExcluirPassando para te desejar um maravilhoso 2012 que todos seus sonhos se realizem e muito sucesso no seu blog!Feliz Ano Novo!
ResponderExcluirEste eu já assisti e tb me apaixonei. cheguei a fazer um post no meu blog sobre ele mas que nem se compara ao seu... cada vez que chego por aqui me encanto com sua forma de escrever sobre os filmes.
ResponderExcluirAluguei o "Não por acaso" mas o DVD estava com defeito, estou à procura de outra cópia...
Bjos
Oi, Bruno!
ResponderExcluirÉ um jeito de ver.
Eu, particularmente, quebraria a cara do Hemingway se ele conversasse comigo como se estivesse posando para uma fotografia de seu livro - pose que a personagem dele conserva durante todo o filme.
Quando o vi, tinha vindo de ler "Paris é uma festa" e me pareceu ultrajante que o autor fosse, no filme, reduzido a traços tão banais.
Allen, com esse filme, reproduz a imagem que têm desses escritores o público que só os conhece de orelhada. Quem os lê sabe que eles estão ali esvaziados.
Pra lhe dizer a verdade, acho "Meia noite..." um filme safado. A gente o olha dizendo: eu conheço esse, eu conheço esse, oh, como sou culto, conheço todos os escritores dos anos 20! Mas na verdade o que temos é só uma casca de cultura - casca que Allen transferiu com competência para o filme, coisa que o faz tão safado quanto o filme (com o perdão aos fãs dele).
Bjs
Dani
Danielle,
ResponderExcluiros personagens inspirados em personalidades reais são no filme a forma com que o personagem principal (um alter-ego de Allen) os vê, prova disso são os elogios que eles fazem ao seu manuscrito (o que chega a soar bem improvável). Como eu já disse, não os vejo como personagens reais, nem creio que tenha havido uma pesquisa aprofundada para a construção de cada um deles...
"Meia-noite em Paris" é realmente superficial e safado (adorei rsrsr) por partir de uma visão romantizada e não de uma visão acadêmica acerca dos fatos...
É inegável que o filme seja do tipo fácil de se digerir e isto realmente o torna potencialmente comercial. Creio que se a trama tivesse ido além e mostrado os personagens como eles foram na realidade o encanto do filme estaria quebrado, ainda que ele se tornasse melhor em outros aspectos...
Eu entendo seu ponto de vista... para ser sincero eu ainda não li nada Hemingway ou de F. Scott Fitzgerald, nem conheço a fundo suas respectivas histórias, mas eu acredito que eu também não iria ter uma boa reação diante de um filme que retratasse de forma minimalista a vida e o pensamento de alguns de meus escritores favoritos...
P.S. Estou adorando a discussão...
Bruno, concordo com todos os seu apontamentos, apesar de gostar muito de MEIA NOITE EM PARIS, não considero um dos melhores de Allen, realmente tem outros na frente, mas é de uma leveza maravilhosa, fazendo pensar em como a vida nostalgica...
ResponderExcluirJ.Bruno, engraçado como a gente consegue ter preconceito com alguns filmes por conta de determinados atores, né!? Foi assim com Meia Noite em Paris. Vi que era com Owen Wilson e não me bateu aquela quimica para assistir. Não consigo ter empatia por esse moço, apesar de gostar muito do mestre Woody Allen. Mas, depois de ler coisas positivas a respeito, percebi que preciso me despir desse preconceito e tirar minhas conclusões sobre essa obra cinematográfica.Sua resenha me despertou maior interesse ainda. Com certeza, vou conferir.
ResponderExcluirDetalhe: Amo Paris, mesmo sem conhecer! Se de fato existe esse lance de vidas passadas, eu, numa dessas fui francesa! Minha alma e coração são franceses! hahahahahaha
Ah, assisti Histórias cruzadas... perrrrrfeito!!!! Obrigrada por me presentear com esse tão lindo filme!
beijos JoicySorciere => Blog Umas e outras...
:D
ResponderExcluirBruno, concordo contigo: o projeto de Meia-noite em Paris não prevê o aprofundamento desses caracteres; se isso acontecesse, ele sairia ainda pior. O que me leva a constatar o óbvio: a proposta de Allen é meramente comercial, mesmo... Não sei se você sabe, mas ele foi contratado pela França pra fazer o filme; mesma coisa com Vicky, Cristina..., que é melhor, mas tem cenas em Oviedo, bem a cidade que erigiu uma estátua do diretor.
Mas pensando bem, não há nada mal em se querer ganhar dinheiro. Porém, isso geralmente fica um pouco longe da arte...
Você vê um olhar subjetivo do personagem principal aos artistas dos anos 20. Não creio que seja o caso. O filme é todo objetivo, tanto que, quando Owen Wilson encontra a publicação do diário da personagem de Marion, descobre, por meio da tradução feita pela esposa do presidente, que a mocinha o menciona - há aí não uma viagem metafórica nostálgica do personagem pela Paris dos anos 20, mas a convivência de duas temporalidades diferentes, à moda de filmes como Kate & Leopold.
Bjs e inté.
Olha, fiz um balanço cinematográfico do ano passado em meu blog. Passe lá se quiser!
Dani
Não acho um dos melhores filmes Woody, até porque quando assisti estava vendo algumas coisas da filmografia, e comparaçoes são inevitaveis. Me diverti com a atuação do Owen Wilson, mas tenho certeza que se feito por um hugh grant da vida e um roteiro nem tanto comercial, acredito que teria mais destaque. Abraço querido amigo, feliz ano novo e tudo de bom para vc !
ResponderExcluirEu assisti enquanto ele ainda estava em cartaz no cinema e o achei maravilhoso.
ResponderExcluirExcelente fotografia e uma história muito gostosa de acompanhar!
Ótima recomendação!
Beijos
http://www.giselecarmona.blogspot.com/
achei bm interessant, vou procura-lo!
ResponderExcluirgrande beijo, ótima terça feira e feliz 2012!
http://cabecafeminina.blogspot.com/
A página no Facebook: https://www.facebook.com/pages/Cabe%C3%A7a-Feminina/162665117088740
Como já li por aí: É mais facil vc achar um politico honesto do que um filme ruim de Woody Allen, rs.
ResponderExcluirGostei mto desse filme, e ate criei um certo carisma por Owen Wilson que até então eu detestava.
Acho que o que cativa nesse filme é a reflexão sobre nosso fascinio pelo passado, pela nostalgia, e isso é bem explicito quando o pessoal de 1800... refleta sobre voltar para a Renascença, rs.
Gosto tb da cena do Dali, acho uma das melhores. Incrivel como Adrien Brody consegue imitar até o jeito de arregalar os olhos do artista.
Abs!
Pois é Natália, este fascínio pelo passado, mesmo aquele em que não vivemos, é um dos fatores que explica o quanto gostei deste filme... Ao assisti-lo me vi como o personagem, voltando ao passado e me encontrando com meus autores/cineastas/músicos favoritos que partiram antes do combinado...
ResponderExcluirSobre o que você disse sobre "filmes ruins de Woody Allen" eu discordo em partes, ele tem uma produção cinematográfica muita extensa e talvez por isso cheia de altos e baixos, eu por exemplo me identifico muito pouco com a primeira fase dele, aquela marcada pelas comédias "pastelão"...
Pensando bem entendi porque woody escolheu Owen Wilson...é uma copia melhorada do próprio Allen, uma especie de Alter Ego do diretor !
ResponderExcluirJá assisti a Meia Noite... inúmeras vezes,e ainda assistirei outras tantas. Como me identifique com a essência sonhadora do protagonista Gil Pender, olho o filme apenas com os olhos da ternura e do saudosismo. Não me interessam muito os detalhes técnicos da produção e da direção. Recomendo sim, mas só para quem pensa e sente como nós (Eu e Gil). Merci.
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