As Filhas de Marvin (Marvin`s Room) 1996, dirigido por Jerry Zaks, escrito por Scott McPherson, produzido por Scott Rudin, Jane Rosenthal e Robert De Niro. Miramax Films / USA.
Não tenho o costume consumista de fazer compras por impulso, mas naquele dia, quando já estava na fila do caixa do mercado, vi numa prateleira o DVD do filme As Filhas de Marvin (1996). O preço acessível associado à presença de Robert De Niro, Meryl Streep, Diane Keaton e Leonardo Di Caprio no elenco me convenceram a colocar o filme no carrinho de compras. A trama também parecia ser legal. Já no dia seguinte, pensei eu, assistiria ao filme se não tivesse coisa melhor pra fazer.
Antes de fazer as minhas considerações sobre minha compra impulsiva, vamos a um breve resumo do filme: Bessie (Diane Keaton) é uma das filhas de Marvin (Hume Cronyn), ela cuida do pai, que após um AVC ficou acamado e totalmente dependente de sua ajuda. Lee (Meryl Streep), a outra filha, saiu de casa quando o pai teve o primeiro derrame, ela não queria perder sua vida cuidando de um doente. 17 anos se passaram sem que as irmãs se vissem ou se falassem, mas ao descobrir que tem leucemia, Bessie entra em contato com a irmã, pois necessita de um urgente transplante de medula óssea. Lee volta pra casa de seu pai trazendo seus dois filhos, um deles o rebelde Hank (Leonardo Di Caprio). O reencontro familiar trará a tona, questões há muito encobertas pelo tempo.
Diane Keaton e Meryl Streep - atuações que "salvaram" o filme
Felizmente, após o fim do filme, eu não tinha me arrependido da compra. Cheguei à conclusão de que As Filhas de Marvin, poderia ter sido, bem melhor. O argumento até que era bom, mas o filme se perdeu um pouco, ao tentar ser ao mesmo tempo dramático e divertido. O longa não chega a ser decepcionante, mas também não é um ótimo filme. Robert De Niro, que também é um dos produtores, parece participar do filme apenas para “emprestar” seu nome ao elenco. Seu personagem, o médico que diagnostica a doença de Bessie, é secundário na trama e não abre margem para uma grande interpretação. Leonardo Di Caprio também não chega a despertar a atenção, na ocasião do filme ele era apenas mais um moleque boa pinta. Hank, seu personagem não tem muita coisa de interessante e sua atuação não tem nada de especial.
Sem sombra de dúvidas o que salva o filme são as atuações de Meryl Streep e Diane Keaton. Streep mantém sua média (o que já está bem acima do normal) e Keaton vai além, a eterna musa dos clássicos de Woody Allen está em um de seus melhores papéis. Os diálogos entre as duas atrizes são os melhores momentos do filme. Apesar de algumas piadas que não colam e de algumas tiradas totalmente dispensáveis, o longa, no fim das contas, acaba sendo legal e funcionando bem como um drama familiar. Outro ponto a favor do filme são algumas cenas “dramáticas”, que mais parecem coisas de filmes de sessão da tarde, mas que nem por isso deixam de ser gostosas de assistir. Posso concluir afirmando que As Filhas de Marvin é um a boa pedida, principalmente se não tiver algo melhor pra fazer.
As filhas de Marvin recebeu uma indicação ao Oscar na categoria melhor atriz para Diane Keaton
Adorei o texto e procurei o filme.O elenco me faz fazer isso!Meryl é sensacional e,pelo menos por ela,o filme deve valer.
ResponderExcluirDepois olha o comentário que deixei no meu blog!
até