O brilho do sol na rua vazia, a música triste que ressoa, morte tudo cheira à morte, a minha morte. As pessoas em volta... nenhuma delas pensam nenhuma delas sentem o quão triste é não ser humano, não ter sonhos... Ah, o quão mediocre é ser tão somente máquinas. Nada além de ouro de tolo: Dinheiro, trabalho... Podre capitalismo! Confronto a saudade de um tempo que não era bom, um tempo hoje romantizado em memórias tortas, em vãs reminicencias... Tornei me ranzinsa, sinto raiva, raiva do simples decorrer do tempo que me arrasta para o ciclo de morrer eternamente, pra depois reviver. E então levantar, mas ainda carregando as dores da morte lenta, da agonia que se arrastara por dias. Pra no final, mais um vez renunciar, renunciar à vida à felicidade... Morrer! Perco meu tempo tentando ser poético, tentando ser humano. Roubaram de mim o amor, levaram minha coragem. Me restou apenas a razão, a robotização, estou me tornando niilista... Um insensível niilista!