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sábado, 25 de setembro de 2010

Uma nova marcha

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Uma quantidade significante de líderes religiosos se converteram, por ocasião das eleições, em conselheiros políticos, estão dizendo para seus rebanhos em quem não devem votar, com alegações de que determinado candidato defende ou não algo que seria contrario à sua teologia.
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Apesar de eu não ter nenhum apreço pela política partidária, ou por algum dos candidatos, tal fato tem me preocupado. O que está em jogo não são questões teológicas, são principalmente questões políticas e ideológicas, como distribuição de renda, reforma agrária, direitos de minorias, liberdade individual, entre outros. Ao contrário da igreja primitiva descrita em Atos, os membros da igreja de hoje não estão dispostos a perder seus privilégios e dividir seus bens com outros à medida que alguém tenha necessidade.
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Que um grande números destas instituições defendem posturas neo-liberais e o conservadorismo de direita não nos resta dúvidas, porém nos deixamos enveredar por estes discursos e assim deixamos de ter uma postura crítica com relação a tudo que está acontecendo, acreditando que tais "pregações" são de todo imparciais, ou até mesmo direcionadas por Deus.
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O mais assustador entretanto é que diante deste contexto as "igrejas" se posicionam até mesmo contra princípios bíblicos, basta conferir vídeos de pregações que circularam no You Tube nas últimas semanas, onde tais líderes aponta acusações sem nenhum ou com pouco teor de FATO e VERDADE. Romanos 1.28-32 mostra a postura bíblica sobre os caluniadores.
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Curiosamente, tal manifestação vinda de alguns setores da igreja católica em conjunto com denominações da igreja evangélica, me fez lembrar uma outra mobilização que aconteceu no nosso passado recente. Em 1964 a "Marcha da Família com Cristo pela Liberdade" reuniu cerca de 500 mil pessoas em passeata. Alienados a grande maioria dos participantes nem sabia contra o que realmente estavam se posicionando. Talvez, nos dias de hoje o desfecho seja diferente, mas as manifestações de 64 ajudaram abrir caminho para o que os militares chamaram de "revolução"... nós entretanto conhecemos como DITADURA...
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Um comentário:

  1. Ótima reflexão, J. Bruno! Também temo por estas "contaminações", quando igreja e fiéis pouco críticos tentam intervir no Estado de maneira completamente oportunista.

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