Da Arte Poética de Aristóteles. Escrito provavelmente no século IX a.C.. Tradução de Maria Aparecida de Oliveira Silva. São Paulo. Martin Claret, 2015.
"Da Arte Poética" seria, de acordo com estudiosos da obra de
Aristóteles, uma compilação de anotações feitas para serem usadas por
ele nas aulas que ministrava no Liceu em Atenas.
Apesar de pequena, a parte da obra que sobreviveu ao decorrer dos mais de dois mil anos é de uma densidade tamanha, dado o brilhantismo da análise, que serviria não só para esmiuçar cada um dos elementos narrativos da tragédia grega, mas como um verdadeiro manual sobre a literatura e o teatro clássico, que continuaria inspirando poetas, dramaturgos e cineastas até hoje.
É uma obra seminal pra entender a arte ocidental produzida nos dois últimos milênios, e aqui incluo a literatura, o teatro e o cinema. "Da Arte Poética" é tão importante que é cabível a simplificação de reduzir tudo o que veio depois como confirmação ou ruptura em relação às ponderações de Aristóteles.
Meu primeiro contato com a obra foi há quase 10 anos, por meio do livro "O Teatro do Oprimido" de Augusto Boal, que faz uma leitura crítica do pensamento de Aristoteles e, à luz das teorias de Brecht sobre o teatro épico, propõe uma superação do modelo clássico.
A crítica feita por Boal me deu uma noção ampla do quão arraigado o modelo trágico ainda está na produção literária/teatral/cinematográfica de nosso tempo. E, posições contrárias à parte, o que cabe destacar aqui é que o fato de ter perdurado por mais de dois mil anos por si só já é um indício da força que tal modelo possui.
Entender conceitos e elementos como a imitação, a peripécia, o reconhecimento, o patético e principalmente a catarse é essencial pra qualquer um que se proponha a compreender, analisar ou criticar qualquer obra dotada de narrativa.
Apesar de pequena, a parte da obra que sobreviveu ao decorrer dos mais de dois mil anos é de uma densidade tamanha, dado o brilhantismo da análise, que serviria não só para esmiuçar cada um dos elementos narrativos da tragédia grega, mas como um verdadeiro manual sobre a literatura e o teatro clássico, que continuaria inspirando poetas, dramaturgos e cineastas até hoje.
É uma obra seminal pra entender a arte ocidental produzida nos dois últimos milênios, e aqui incluo a literatura, o teatro e o cinema. "Da Arte Poética" é tão importante que é cabível a simplificação de reduzir tudo o que veio depois como confirmação ou ruptura em relação às ponderações de Aristóteles.
Meu primeiro contato com a obra foi há quase 10 anos, por meio do livro "O Teatro do Oprimido" de Augusto Boal, que faz uma leitura crítica do pensamento de Aristoteles e, à luz das teorias de Brecht sobre o teatro épico, propõe uma superação do modelo clássico.
A crítica feita por Boal me deu uma noção ampla do quão arraigado o modelo trágico ainda está na produção literária/teatral/cinematográfica de nosso tempo. E, posições contrárias à parte, o que cabe destacar aqui é que o fato de ter perdurado por mais de dois mil anos por si só já é um indício da força que tal modelo possui.
Entender conceitos e elementos como a imitação, a peripécia, o reconhecimento, o patético e principalmente a catarse é essencial pra qualquer um que se proponha a compreender, analisar ou criticar qualquer obra dotada de narrativa.
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